24/09/2018

Publicidade e Propaganda na FRONTEIRA FINAL! - Mallu


   Astronauta estrelando comercial de TV da Estação Internacional Espacial, foguete com propaganda de cerveja e cultivo de cevada no espaço patrocinado pela Budweiser. Não é um futuro distópico escrito pelo Charlie Brooker, na verdade esse cenário pode vir a acontecer nos próximos anos.



  Pelo menos é o que aposta Jim Bridenstine atual administrador da NASA. A agência tem considerado vender os chamados naming rights (“direitos de nome”) para empresas interessadas em anunciar na lataria dos foguetes espaciais e até mesmo dentro da ISS(da mesma forma que acontece nos estádios de futebol). Segundo o jornal Washington Post, durante uma reunião recente do conselho consultivo da Nasa, formado por especialistas externos que fornecem orientação à agência, Bridenstine anunciou que estava montando um comitê para examinar o que ele chamou de "perguntas provocativas" de transformar seus foguetes em outdoors corporativos. 

   Vale salientar que desde da posse do presidente Donald Trump o orçamento destinado a agência vem sofrendo mudanças. A verba destinada a ISS e ao monitoramento de mudanças climáticas está sendo redirecionada para o retorno dos americano à Lua e ao projeto Journey to Mars. O presidente pretende deixar a cargo das empresas privadas a manutenção da Estação, com aluguéis de módulos, turismo espacial e astronautas estrelas de cinema. O custo de manutenção atual está entre US$ 3 e US$ 4 bilhões por ano aos cofres dos EUA. Entre construção, manutenção e custos operacionais, os EUA já gastaram quase US$ 100 bilhões com a estação. Lembrando também que a Nasa já conta com parcerias de empresas privadas como a Space X para o transporte dos astronautas até a ISS. 

   É uma tendência. Empresas e startups comerciais já são uma realidade(texto sobre a Space X publicado no canal). O governo chinês, por exemplo, já está estudando a construção de um centro de lançamento comercial de espaço aberto empresas emergentes - tudo isso devido a alta demanda de espaço para lançamento. O leilão de satélites também é comum, como fez o governo brasileiro com o SGDC(Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações). A Telebrás tinha como meta ofertar ao mercado 57% da capacidade de banda Ka do satélite, que tem 56 Gbps de capacidade civil total, o restante seria destinado ao fornecimento de internet banda larga para escolas públicas, postos de saúde etc. A Space X fez algo parecido para empresas de telecomunicações logo após o lançamento do Falcon Heavy. 


   A falta de regulamentação do ramo é uma das principais incógnitas atualmente. Não existe limite do que pode ser vendido, leiloado ou alugado (até mesmo satélites públicos, como o SGDC  brasileiro). E até que isso seja resolvido, nós podemos esperar unboxing de brinquedos feitos em um laboratório espacial que cultiva cevada geneticamente alterada. Não duvido de nada. Com a iniciativa privada tudo é possível... Não é mesmo?
 


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