19/03/2019

Review | Capitã Marvel: Um filme necessário - João Ferreira



   Fala, meu povo! Pense em uma produção que há algum tempo vem gerando expectativas nos fãs da Marvel por ser seu primeiro filme de heroína, aumentando ainda mais ao escalar uma atriz vencedora do Óscar (Brie Larson) para o papel da protagonista. 




   Esse é Capitã Marvel, o 21º filme do universo compartilhado, e muita gente antes mesmo da estreia ou mesmo da exibição para a imprensa já estava bombardeando a produção e a sua atriz principal. O resultado, na minha opinião, mostra que não se deve julgar o livro (ou o filme) pela capa.

A personagem título, alter ego de Carol Danvers, tem tido uma grande representatividade nos quadrinhos mais recentes, chegando a protagonizar a “Guerra Civil II”, e outros eventos que chamaram a atenção dos leitores para as heroínas mais desconhecidas da Marvel. O filme, com a responsabilidade de introduzir a heroína no MCU, consegue dar a devida mensagem sem parecer forçado, e o produto final faz do longa um dos lançamentos mais importantes do estúdio nos últimos anos.


   A trama basicamente mostra a personagem conhecida como “Vers” no meio de uma guerra entre duas raças alienígenas: os Kree e os Skrull, que acaba migrando para o planeta Terra (ano 1995), onde a protagonista descobre que já teve uma vida como a capitã Carol Danvers, piloto da força aérea. Com a ajuda do agente Nick Fury (Samuel L. Jackson, em mais um belo exemplo de rejuvenescimento digital) e da sua amiga Maria Rambeau (Lasana Lynch), a “Vers” deve descobrir mais sobre sua identidade e arrumar uma maneira de parar essa guerra.

Captain Marvel não é um filme perfeito, com a maior parte de seus problemas acontecendo no terceiro ato, onde as coisas começam a acontecer rápido demais, com um encerramento quase às pressas que afeta o ritmo intenso e descontraído que estava presente. Não é algo que tira o brilho do filme, mas que poderia ter sido melhor, ou mais ousado. Por falar no ritmo, temos cenas divertidíssimas, sendo a maioria protagonizadas pelo Nick Fury, que está bem diferente daquele espião veterano casca grossa que conhecemos como o diretor da SHIELD. Aqui, o agente garante momentos hilários para a trama, assim como Ben Mendelson como o skrull Talos, com um personagem que tem um desenvolvimento diferente do esperado e, embora esse direcionamento soe estranho para quem acompanha os quadrinhos, acaba tendo saldo positivo após o rumo que a história toma.



   Hilário também é o gato Goose, sendo um dos maiores destaques, rendendo cenas surpreendentes e, claro, cômicas. De fato um personagem que eu não esperava muita coisa, e acabou me deixando surpreso positivamente. Outro aspecto que merece aplausos é a reconstrução da época: os anos 1990, que nunca estiveram tão em alta! Isso desde a cena da Blockbuster (com direito a VHS e tudo), que aparece no primeiro trailer, até elementos espalhados pelas cenas que dão um ar de nostalgia.

   Nossa protagonista interpretada pela Brie Larson consegue ser simpática e ao mesmo tempo durona, com um humor que lembra um pouco o do Tony Stark. A personagem é descrita como uma das mais poderosas da Marvel, e o filme faz jus a isso, de forma até exagerada, mas muito bonita de se ver. A extensão de seus poderes é impressionante, e a atriz consegue passar os vários sentimentos de sua personagem para o público, seja esperança, raiva ou desconfiança. Como esse é um filme de origem, é evidente que Danvers não começa sendo uma personagem perfeita, tendo vários tropeços, mas sempre determinada a levantar-se e tentar novamente, e é isso que faz dela tão bem construída quanto um Steve Rogers.

   Quanto aos personagens, Jude Law interpreta Yon-Rogg, personagem que é muito previsível, mas não compromete a trama, e o ator está bem à vontade no papel; Lasana Lynch está ótima como a Rambeau, melhor amiga de Danvers na Terra, possuindo muita química em cena com a protagonista e sendo uma personagem bem construída. Outra que manda bem em cena é a Akira Akbar como Monica, a filha pequena de Maria Rambeau, dando um ar de inocência e ainda mais descontração para a trama. Quem sabe ela retorne futuramente, mais velha?! Seria legal ver a relação dela com a Capitã Marvel no futuro, após Vingadores: Ultimato.


   E já que toquei no assunto: o filme é uma ponte sólida e firme para o próximo filme dos heróis mais poderosos da Terra, mas é muito mais do que isso, passando por temas como feminismo sem forçar a barra, ocorrendo de forma natural, levantando uma discussão necessária nos dias atuais. Outra discussão interessante se dá no conflito Skrulls VS Krees, sendo possível fazer uma leitura bastante atual sobre os dois lados de uma guerra, onde nem tudo é o que parece ser, e também sobre outros assuntos, como visões imperialistas e aspectos sobre refugiados.



- Considerações Finais:



   Dito isso, gostaria de terminar essa análise dizendo que adorei o filme, ainda que não seja uma grande surpresa, sendo mais um acerto do MCU, trazendo temas em sua trama que precisam ser dissecados, mas que não estão lá forçadamente ou por acaso. É verdade que pode não corresponder às expectativas de alguns fãs, mas isso é algo muito relativo, então sugiro que vá assistir numa boa, sabendo o mínimo possível e, se for fã dos quadrinhos, procure desligar o cérebro para algumas alterações (que foram bem-vindas ao meu ver, de acordo com o que o filme precisava). Ah, vale lembrar: Capitã Marvel tem duas cenas pós-créditos!


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