10/10/2018

Afinal, SOMOS VENOM? - João F.


  Fala, meu povo! O mês de outubro chegou, trazendo novidades para o cinema! Entre elas, temos Venom, filme baseado nas HQs do anti-herói da Marvel que faz parte do novo Universo Cinematográfico que a Sony deseja dar continuidade com os personagens secundários do Homem-Aranha – lembrando que não está conectado ao UCM. Eu fui assisti-lo esperando uma bomba, mas digamos que adquiri certa simpatia pelo filme. No entanto, isso não quer dizer muita coisa.




    Vamos ao plot: 

   O filme acompanha o repórter investigativo Eddie Brock (Tom Hardy), que investiga as falcatruas escondidas da Fundação Vida, presidida pelo insano Carlton Drake (Riz Ahmed), que está realizando experiências clandestinas com seres humanos, usando seres extraterrestres conhecidos como simbiontes. Acontece que, em meio a sua investigação, Brock acaba se tornando acidentalmente hospedeiro de um desses seres, conhecido como Venom, e passa a fugir dos agentes da Fundação Vida.



   Já dá para perceber que a história não é nada original, principalmente quando o comparamos ao padrão de filmes de super-heróis atual estabelecido pela Marvel Studios. Quando paramos para analisar o roteiro de Venom de forma séria, nos deparamos com os inevitáveis clichês, representado pelos diálogos fracos e previsíveis e também pelo rumo que a trama toma. É verdade dizer que o filme em certos momentos diverte e até empolga, mas não vai ser nada diferente do que você já viu por aí.


    Sabendo que o longa não teria muito a oferecer, procurei assistir sem compromisso, e isso funcionou até certo ponto. A primeira coisa que você tem que saber ao decidir assistir Venom é que a trama não vai muito além do que propõe, e até inventa desculpas esfarrapadas para justificar atitudes questionáveis de alguns personagens. Se você for fã hardcore dos quadrinhos do personagem e deseja uma adaptação fiel, vai ficar decepcionado. O personagem em si está muito melhor representado do que em Homem-Aranha 3 (2007), mas não é o suficiente para deixar o espectador marcado.



Olhar para esse VENOM hoje... É tenebroso!
    Ainda falando dos problemas, temos o típico vilão genérico que tenta proferir frases de efeito que, em certo ponto, já não fazem mais sentido. O pior é que Riz Ahmed é um ator competente, tendo mostrado isso em filmes como O Abutre (2014), mas é desperdiçado com um Carlton Drake megalomaníaco, previsível e com “motivações” ridículas. Mesmo quanto ele revela ser hospedeiro de Riot, um “nemesis” de Venom, ainda é um vilão esquecível, protagonizando lutas que são um show de CGI. O resultado faz com que ele pareça uma versão cheia de falhas do Norman Osborn.

   O ritmo do filme é confuso, o que fica evidente na passagem do suspense para a comédia. Sim, o filme tem muitas cenas de humor, ainda que com piadas bobas, que arrancam algumas risadas, mas a passagem de um gênero para o outro pode causar estranheza para o espectador. Venom é um filme de ação que começa tentando ser um pouco assustador – ainda que só consiga cumprir isso com crianças e pré-adolescentes – e termina quase como uma paródia.

    Outro ponto que me incomodou foi a falta de violência, algo que se reflete na classificação indicativa baixa. Ainda que role uma boa pancadaria em muitas cenas – empolgantes, diga-se de passagem – o filme não tem sangue. Fica a impressão de que a Sony se inspirou no Deadpool para realizar seu filme de anti-herói, ainda que não tenha nem 1% do mesmo charme. Criar uma mitologia própria para o filme poderia funcionar, se a execução não fosse medíocre, fortalecendo a teoria de que Venom não funciona sem o Homem Aranha.


   No que se refere ao elenco, não temos muitas novidades. Michelle Williams interpreta o interesse amoroso no personagem. Ela não compromete, está dentro do que a trama propõe, protagonizando inclusive uma cena que faz referência às HQs, algo que pode voltar a ser recorrente, visto que mais uma sequência está sendo planejada. Tom Hardy como Eddie Brock praticamente carrega o filme nas costas, não se levando muito a sério, e talvez por isso eu tenha simpatizado com o personagem, algo que fica ainda mais claro quando ele interage com o Venom, com quem tem uma relação estranha, mas que rende bons momentos, graças a uma química, no mínimo, peculiar.


 - Considerações Finais:


   Venom termina sendo um filme esquecível e que apesar de ter um protagonista “carismárico”, tem uma trama fraca e personagens secundários rasos. Já foram anunciados mais filmes sobre os personagens da mitologia do Homem-Aranha, produzidos pela Sony. Só nos resta orar para que o resultado seja mais competente, pois Venom é descartável, ainda que faça o espectador se divertir se for assisti-lo sem compromisso.




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