Fala, meu povo! Recentemente
tive a oportunidade de assistir a “It – A coisa” nos cinemas, mesmo estando com
um pé atrás em relação ao que eu ia encontrar nas telonas. E posso dizer a
vocês que essa produção me surpreendeu bastante, pois ultimamente estou sem ânimo
para refilmagens e novas adaptações, que nos últimos anos têm sido simplesmente
mais do mesmo ou ruins. Felizmente, este não é o caso de “It – a coisa”, um dos
melhores filmes de 2017!
Stephen King é um famoso
autor de livros de terror que está “na moda” até os dias atuais. Porém, ele é
um cara que já ficou com o pé atrás em algumas adaptações de seus livros, como
foi o caso de “O iluminado”, por sinal um clássico do horror. Porém, no caso de
“It – A coisa”, o resultado não só agradou a King mas também ao público, algo
que me deixou muito feliz, pois a última adaptação de uma obra dele – “Carrie,
a estranha” de 2013 – me decepcionou bastante, fazendo com que ficasse mais
desconfiado com a nova adaptação de It. Porém,
acontece que esse filme tem uma pegada única, daquelas que cativa o espectador
logo nos dois primeiros minutos.
Bem, a história se passa na
cidade de Derry, no estado do Maine, onde várias crianças e adolescentes
desapareceram misteriosamente. Com a falta de resultados da parte das autoridades,
um grupo de crianças, conhecido como “The losers club” decide investigar o caso
por conta própria, já que o seu “cabeça” Bill teve seu irmão mais novo como uma
das vítimas. As coisas começam a piorar quando cada uma das crianças passa a
ser assombrada por uma figura demoníaca na forma de Pennywise, o Palhaço
Dançarino. Logo, as crianças descobrem que esse sujeito é o responsável pelos
desaparecimentos na região, e devem se unir para enfrentar “A coisa” antes que
seja tarde demais.
“It” já teve uma adaptação
no início da década de 90, com uma minissérie em dois capítulos que foi lançada
no Brasil como um telefilme com mais de 3h de duração. O filme atual é dividido
em duas partes, com a segunda tendo suas filmagens iniciadas no início de 2018.
Nesta primeira parte, o longa possui duração que ultrapassa 2h, e aproveita
esse tempo para aproveitar ao máximo seus personagens, tanto os integrantes do
LOSERS CLUB quanto Pennywise e seu jogo aterrorizante. Na minha opinião, essa é
a melhor coisa do filme, pois ele não é um filme de terror qualquer, já que
acaba por fazer um tour por outros gêneros, como o drama e a comédia. A química
entre os garotos é a principal representação disso, já que cada um possui papel
fundamental para a história, seja um
alivio cômico ou até mesmo representações de outros temas que são abordados no
filme, como o bullying, obsessão e abuso infantil. O filme tem um clima que
lembra bastante o seriado Stranger Things da Netflix, e até mesmo “A casa
monstro”, filme de animação de 2006 dirigido por Robert Zemeckis e produzido
por Steven Spielberg.
O filme brinca muito com os
clichês do gênero, trabalhando da melhor forma possível para evitar que esse
fenômeno aconteça, e mesmo que uma vez ou outra a obra tenha rumos previsíveis,
isso não faz com que o filme seja menos interessante, pois é impossível não se
apaixonar pelos protagonistas, em um misto de comicidade e inocência. Aliás,
apesar de que o filme não fornece uma explicação concreta para a origem do
Pennwise – apenas suposições e deduções – e mesmo que isso já esteja claro para
quem leu o livro, a gente acaba por levar a história numa boa, já que esta é
contada do ponto de vista de crianças.
Se o filme é isso tudo, é
por conta do desempenho do elenco e do diretor, o argentino Andres Muschietti,
também responsável por Mama (2013); e também pelo talento do elenco infanto-juvenil,
que dá um show, com a química entre eles sendo o maior destaque. Evidentemente
alguns são mais bem desenvolvidos do que outros, mas ainda assim cada um possui
seu charme, dando uma alma ao longa metragem. Talvez o ator mirim mais
conhecido seja o Finn Wolfhard – o Mike de “Stranger Things” - que aqui interpreta Richie Tolzier, o melhor
amigo boca-suja do gago Bill Denbrough, o ator Jaeden Lieberher. Wolfhard é o
principal elemento cômico da trama, fazendo com que a gente se apaixone ainda
mais pelo desempenho das crianças na história. Ele é apenas um exemplo entre os
sete, com cada um possuindo uma importante função no decorrer do longa,
juntamente com suas tramas paralelas.
Outro destaque vai para Bill
Skarsgard, que interpreta “A coisa”, o Pennywise. Uma coisa eu garanto à vocês:
Essa figura vai fazer muito marmanjo vai se cagar no cinema. O jovem ator é
simplesmente fantástico na pele do monstro, apresentando um resultado bem
assustador. A atuação do cara lembra muito a performance de Malcolm McDowell
como Alex DeLarge em “Laranja Mecânica”, e até mesmo a do Heath Ledger, o
Coringa de “The Dark Knight”, possuindo um jeito único de apavorar suas vítimas,
com um simples sorriso dando muito mais medo que um jump scare. Por mais que
algum espectador tome poucos sustos ou não se sinta tão apavorado, é impossível
não ser atingido pela atmosfera pesada e sombria do filme, de alguma forma.
Lembra quando eu disse,
alguns parágrafos atrás, que o filme faz um pequeno tour por outros gêneros?
Então, isso não é de forma alguma um problema, pois quando isso acontece aqui,
é de forma natural, sem parecer forçada, como apresentado em produções como
“Corra!”, por exemplo. Por mais que alguns personagens são mostrados como
alívios cômicos, isso não compromete o filme inteiro, basta você lembrar que os
protagonistas são crianças na faixa dos 13 anos de idade, uma fase na vida onde
a zoeira não pode faltar. Quando você assistir, vai entender o que estou
falando, pois este não é um filme de terro comum. À medida que o filme avança, a gente não
consegue parar de rir – de nervoso, ou não.
No fim, “IT – A coisa” prova
ser um dos melhores filmes do ano. Me surpreendeu bastante, pois a equipe soube
muito bem como adaptar uma obra de Stephen King para as telonas de forma que
agrade tanto ao autor quanto aos fãs e o público em geral. Espero que a
continuação fique no mesmo nível ou até mesmo superior a esse filme, ainda que
o diretor tenha muitos desafios pela frente. Por favor, se você ainda não
assistiu, trate de ir imediatamente ao cinema mais próximo de sua casa e
confira “It” na tela grande. Eu garanto que o filme irá te agradar bastante.
Depois volte aqui e deixe seu comentário com sua opinião sobre essa nova
adaptação.
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Detesto filme de terror por ter muito medo, mas parece bem maneiro. (Não quer dizer que vou assistir kkkkkkk)
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