20/09/2017

IT – A COISA: Um espetáculo! -João F.


Fala, meu povo! Recentemente tive a oportunidade de assistir a “It – A coisa” nos cinemas, mesmo estando com um pé atrás em relação ao que eu ia encontrar nas telonas. E posso dizer a vocês que essa produção me surpreendeu bastante, pois ultimamente estou sem ânimo para refilmagens e novas adaptações, que nos últimos anos têm sido simplesmente mais do mesmo ou ruins. Felizmente, este não é o caso de “It – a coisa”, um dos melhores filmes de 2017!



Stephen King é um famoso autor de livros de terror que está “na moda” até os dias atuais. Porém, ele é um cara que já ficou com o pé atrás em algumas adaptações de seus livros, como foi o caso de “O iluminado”, por sinal um clássico do horror. Porém, no caso de “It – A coisa”, o resultado não só agradou a King mas também ao público, algo que me deixou muito feliz, pois a última adaptação de uma obra dele – “Carrie, a estranha” de 2013 – me decepcionou bastante, fazendo com que ficasse mais desconfiado com a nova adaptação de It.  Porém, acontece que esse filme tem uma pegada única, daquelas que cativa o espectador logo nos dois primeiros minutos.

Bem, a história se passa na cidade de Derry, no estado do Maine, onde várias crianças e adolescentes desapareceram misteriosamente. Com a falta de resultados da parte das autoridades, um grupo de crianças, conhecido como “The losers club” decide investigar o caso por conta própria, já que o seu “cabeça” Bill teve seu irmão mais novo como uma das vítimas. As coisas começam a piorar quando cada uma das crianças passa a ser assombrada por uma figura demoníaca na forma de Pennywise, o Palhaço Dançarino. Logo, as crianças descobrem que esse sujeito é o responsável pelos desaparecimentos na região, e devem se unir para enfrentar “A coisa” antes que seja tarde demais.



“It” já teve uma adaptação no início da década de 90, com uma minissérie em dois capítulos que foi lançada no Brasil como um telefilme com mais de 3h de duração. O filme atual é dividido em duas partes, com a segunda tendo suas filmagens iniciadas no início de 2018. Nesta primeira parte, o longa possui duração que ultrapassa 2h, e aproveita esse tempo para aproveitar ao máximo seus personagens, tanto os integrantes do LOSERS CLUB quanto Pennywise e seu jogo aterrorizante. Na minha opinião, essa é a melhor coisa do filme, pois ele não é um filme de terror qualquer, já que acaba por fazer um tour por outros gêneros, como o drama e a comédia. A química entre os garotos é a principal representação disso, já que cada um possui papel fundamental para  a história, seja um alivio cômico ou até mesmo representações de outros temas que são abordados no filme, como o bullying, obsessão e abuso infantil. O filme tem um clima que lembra bastante o seriado Stranger Things da Netflix, e até mesmo “A casa monstro”, filme de animação de 2006 dirigido por Robert Zemeckis e produzido por Steven Spielberg.



O filme brinca muito com os clichês do gênero, trabalhando da melhor forma possível para evitar que esse fenômeno aconteça, e mesmo que uma vez ou outra a obra tenha rumos previsíveis, isso não faz com que o filme seja menos interessante, pois é impossível não se apaixonar pelos protagonistas, em um misto de comicidade e inocência. Aliás, apesar de que o filme não fornece uma explicação concreta para a origem do Pennwise – apenas suposições e deduções – e mesmo que isso já esteja claro para quem leu o livro, a gente acaba por levar a história numa boa, já que esta é contada do ponto de vista de crianças.



Se o filme é isso tudo, é por conta do desempenho do elenco e do diretor, o argentino Andres Muschietti, também responsável por Mama (2013); e também pelo talento do elenco infanto-juvenil, que dá um show, com a química entre eles sendo o maior destaque. Evidentemente alguns são mais bem desenvolvidos do que outros, mas ainda assim cada um possui seu charme, dando uma alma ao longa metragem. Talvez o ator mirim mais conhecido seja o Finn Wolfhard – o Mike de “Stranger Things” -  que aqui interpreta Richie Tolzier, o melhor amigo boca-suja do gago Bill Denbrough, o ator Jaeden Lieberher. Wolfhard é o principal elemento cômico da trama, fazendo com que a gente se apaixone ainda mais pelo desempenho das crianças na história. Ele é apenas um exemplo entre os sete, com cada um possuindo uma importante função no decorrer do longa, juntamente com suas tramas paralelas.



Outro destaque vai para Bill Skarsgard, que interpreta “A coisa”, o Pennywise. Uma coisa eu garanto à vocês: Essa figura vai fazer muito marmanjo vai se cagar no cinema. O jovem ator é simplesmente fantástico na pele do monstro, apresentando um resultado bem assustador. A atuação do cara lembra muito a performance de Malcolm McDowell como Alex DeLarge em “Laranja Mecânica”, e até mesmo a do Heath Ledger, o Coringa de “The Dark Knight”, possuindo um jeito único de apavorar suas vítimas, com um simples sorriso dando muito mais medo que um jump scare. Por mais que algum espectador tome poucos sustos ou não se sinta tão apavorado, é impossível não ser atingido pela atmosfera pesada e sombria do filme, de alguma forma.



Lembra quando eu disse, alguns parágrafos atrás, que o filme faz um pequeno tour por outros gêneros? Então, isso não é de forma alguma um problema, pois quando isso acontece aqui, é de forma natural, sem parecer forçada, como apresentado em produções como “Corra!”, por exemplo. Por mais que alguns personagens são mostrados como alívios cômicos, isso não compromete o filme inteiro, basta você lembrar que os protagonistas são crianças na faixa dos 13 anos de idade, uma fase na vida onde a zoeira não pode faltar. Quando você assistir, vai entender o que estou falando, pois este não é um filme de terro comum.  À medida que o filme avança, a gente não consegue parar de rir – de nervoso, ou não.





No fim, “IT – A coisa” prova ser um dos melhores filmes do ano. Me surpreendeu bastante, pois a equipe soube muito bem como adaptar uma obra de Stephen King para as telonas de forma que agrade tanto ao autor quanto aos fãs e o público em geral. Espero que a continuação fique no mesmo nível ou até mesmo superior a esse filme, ainda que o diretor tenha muitos desafios pela frente. Por favor, se você ainda não assistiu, trate de ir imediatamente ao cinema mais próximo de sua casa e confira “It” na tela grande. Eu garanto que o filme irá te agradar bastante. Depois volte aqui e deixe seu comentário com sua opinião sobre essa nova adaptação.


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Um comentário:

  1. Detesto filme de terror por ter muito medo, mas parece bem maneiro. (Não quer dizer que vou assistir kkkkkkk)

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