Fala, meu povo! Hoje, trago para vocês um post
bem diferente dos demais. Este não é nada relacionado com super-heróis ou
ficção científica, mas de um filme que é considerado um dos maiores clássicos
da história do cinema. Sua história, além de inteligente, é obra de um dos
maiores ícones do mundo cinematográfico: Charlie Chaplin! Confiram.
“Tempos Modernos” é um filme lançado em 1936 e também considerado o
último filme mudo da história, se passando em uma época literalmente preta e
branca. Em fevereiro de 2016, “Modern Times” completou 80 anos de seu
lançamento, e mesmo com o atraso de meses, não podíamos deixar passar essa.
O filme se passa no período em que houve uma
das maiores taxas de desemprego da era industrial; a grande depressão. Chaplin
interpreta um operário que, de uma maneira cômica, enlouquece com a sua função
de operário. Ele não conseguia fazer outra coisa exceto apertar pregos ou algo
do mesmo formato, no início. Tal fato o leva a ter um colapso nervoso, refletindo
a exploração do trabalho dos operários de uma fábrica, devido à alta jornada de
trabalho. A principal preocupação do filme é passar ao espectador as principais
consequências daquele período, e nosso Charlie Chaplin faz isso sem deixar o
seu clássico humor de lado.
As personagens principais são todas afetadas pela substituição do homem pela máquina, um fato que ocorreu nas fábricas, que decidiram optar por um meio de produção mais moderno. O resultado foi o grande número de desempregados, que passaram a fazer protestos nas ruas. Após o colapso, o trabalhador (Charlie Chaplin) passa a enfrentar uma nova jornada: Conseguir um emprego. Em meio a esse dilema, uma jovem órfã de mãe passa fome junto com a irmã mais nova e o pai desempregado (provavelmente também afetado pela substituição), e comete um pequeno furto (um pão) para alimentar a família, sendo perseguida pela polícia. Ao se conhecerem por acaso, “The Tramp” (o clássico personagem de Chaplin) e a jovem formam uma dupla que promete cuidar um do outro, entrando em confusões em busca de emprego em um período de grande depressão.
Este é um clássico imperdível para todo amante do cinema, e sem dúvida um grande marco do cinema mudo. É uma ótima recomendação para se analisar um período tão importante que ilustra capítulos de vários livros de ciências humanas, e eu o considero simplesmente uma aula de História. O filme chegou a ser censurado na Alemanha (já na Era Nazista), e muito criticado na época de lançamento pela crítica social à Revolução Industrial e citações sobre comunismo (como por exemplo a cena da manifestações e invasões). Chaplin retrata tal período com o seu humor estilo pastelão, fato que se repete em muitos outros filmes dirigidos pelo cineasta, que não deixa de lado o lado dramático da história e uma mensagem que faz o espectador pensar.
Boa parte da juventude dos dias atuais não possui interesse por filmes provenientes do cinema mudo, o que é um grande desperdício de oportunidade. É sempre bom ter a noção de como tudo começou, quando a arte de fazer cinema estava implícita em cada filme. Ainda que o filme possua cenas que a parte sonora é utilizada (na fábrica, em alguns comandos e barulhos emitidos pelos materiais de trabalho), é o meu favorito do cinema mudo. Mesmo sem o sonoro, é possível compreender a situação que uma determinada cena propõe, com legendas sendo inseridas nas cenas mais complexas e na transição para um local diferente. A trilha sonora magnífica - composta pelo próprio Chaplin, assim como em muitos de seus filmes - é também destaque, em um ritmo perfeito para acompanhar as confusões e trapalhadas de seu personagem.
De fato, o filme é recomendável para toda a família (censura Livre). Enquanto os menores poderão conhecer um pouco do cinema dos anos 30, os mais velhos fazem uma análise do período em que o filme se passa, além da sensação nostálgica que um filme de Chaplin passa. É hora de resgatar este clássico maravilhoso e mergulhar no universo de Charlie Chaplin. Mesmo oitenta anos depois de seu lançamento, Tempos Modernos continua sendo um clássico imperdível, daqueles filmes em que o espectador percebe o amor pela arte de fazer cinema.
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