18/11/2016

Mordo pode se tornar o maior vilão da Marvel? - João F.


   Fala, meu povo! O lançamento de Doutor Estranho nos cinemas deixou algumas pontas para o futuro da Marvel, como todos os filmes do estúdio. Uma delas é o destino de Mordo, interpretado por Chiwetel Ejiofor no longa-metragem. No presente artigo, discutiremos a possibilidade do personagem se tornar de fato o “Barão Mordo” futuramente, podendo assumir um papel importante do Universo Cinematográfico da Marvel, como um dos maiores vilões do estúdio.


   Para quem não assistiu ao filme Doutor Estranho, sugiro que não continuem a leitura, pois este artigo contém spoilers referentes ao final da história. Bem, Karl Mordo – que no filme é aliado de Stephen Strange, até a mudança no desfecho – é baseado em um personagem da Marvel Comics conhecido como Barão Mordo. Depois de Dormammu, Mordo é o maior inimigo do Doutor Estranho, nas HQs. Na adaptação cinematográfica do Mago Supremo, os produtores preferiram mostrar o personagem como mentor e ajudante do herói-título, e apesar de ser algo bem diferente do que acontece nos quadrinhos, no final do filme é provado que a estratégia da Marvel funciona, entretendo ainda mais o espectador, mais especificamente na última cena pós-créditos de Doutor Estranho.

    Um dos maiores problemas da Marvel é o desenvolvimento dos vilões dos filmes, pois a contextualização do herói na história é algo bem construído, e isso requer muito espaço. Porém, enquanto o lado dos bonzinhos acaba sendo desenvolvido com êxito, os malvados não tem o ambiente necessário para sua construção. É só parar para analisar: Depois de Loki, mais algum vilão chamou a atenção do público ao ponto de amá-lo mais do que ao herói? Isso se dá por que ele teve um bom espaço para se desenvolver, no filme do Thor, em 2011. Neste longa, o desenvolvimento do Deus do trovão se deu paralelamente com seu irmão, ou seja, ambos acabaram sendo construídos quase simultaneamente, e todo mundo saiu ganhando.


     É claro que as atuações ajudam muito a marcar o personagem, mas é válido ressaltar que os vilões da Marvel geralmente são interpretados por atores tão consagrados quanto os que interpretam os heróis. Hugo Weaving, Corey Stoll, Mickey Rourke, Christopher Eccleston, etc. são muitos os nomes que passaram pelas telas interpretando as ameaças de filmes de super-herói. No caso de Doutor Estranho, Karl Mordo teve espaço de sobra para se desenvolver, e pudemos enxergar o seu lado “bom” no filme, vendo-o seguir a trajetória de aliado a inimigo. O que Scott Derrickson (diretor do longa) fez ao colocar o personagem inicialmente como aliado de Strange foi uma boa jogada, dando uma aula de construção de um vilão. Para isso, foi necessário ver o crescimento de Mordo, e explorar bem as razões que o fizeram mudar de lado, e esse é um dos pontos mais fortes do filme.
  Obviamente, foi necessário um grande espaço para isso – chegando até a comprometer a visão de Khaecilius, personagem de Mads Mikkelsen, como antagonista principal. A presença de Dormammu – não chega a ser ruim, mas um pouco decepcionante – também não foi a grande surpresa do filme. Esse mérito se deu à construção de Karl Mordo como o “Barão Mordo”, um desenvolvimento digno de aplausos, e com a ajuda da atuação de Chiwetel Ejiofor.



  Dessa forma, só nos resta esperar os próximos filmes da Marvel para ver alguma conclusão desse desenvolvimento. Provavelmente, isso só irá acontecer na sequência de Doutor Estranho, pois dificilmente veremos o Barão Mordo no filme dos Vingadores. Alguma cena pós-crédito do futuro filme Thor: Ragnarók poderia dar uma ideia de inclusão do personagem nas próximas histórias, também mostrando o que ele se tornou de fato. A estratégia usada por Derrickson no filme pode resolver de vez o problema da Marvel – a construção de um vilão – podendo até resultar em uma fórmula para tal processo. Lembrando que o último vilão tão bem construído foi o Loki, há quase cinco anos. Quem sabe estejamos perto de encontrar um substituto para o Deus da travessura como o maior vilão da Casa das Ideias? Só resta esperar, e essa eu pago para ver! 



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