Fala,
meu povo! O lançamento de Doutor Estranho
nos cinemas deixou algumas pontas para o futuro da Marvel, como todos os filmes
do estúdio. Uma delas é o destino de Mordo, interpretado por Chiwetel Ejiofor
no longa-metragem. No presente artigo, discutiremos a possibilidade do
personagem se tornar de fato o “Barão Mordo” futuramente, podendo assumir um
papel importante do Universo Cinematográfico da Marvel, como um dos maiores
vilões do estúdio.
Para quem não assistiu ao filme Doutor Estranho, sugiro que não
continuem a leitura, pois este artigo contém spoilers referentes ao final da
história. Bem, Karl Mordo – que no filme é aliado de Stephen Strange, até a
mudança no desfecho – é baseado em um personagem da Marvel Comics conhecido
como Barão Mordo. Depois de Dormammu, Mordo é o maior inimigo do Doutor
Estranho, nas HQs. Na adaptação cinematográfica do Mago Supremo, os produtores
preferiram mostrar o personagem como mentor e ajudante do herói-título, e apesar
de ser algo bem diferente do que acontece nos quadrinhos, no final do filme é
provado que a estratégia da Marvel funciona, entretendo ainda mais o
espectador, mais especificamente na última cena pós-créditos de Doutor Estranho.
Um dos maiores problemas da Marvel é o
desenvolvimento dos vilões dos filmes, pois a contextualização do herói na
história é algo bem construído, e isso requer muito espaço. Porém, enquanto o
lado dos bonzinhos acaba sendo desenvolvido com êxito, os malvados não tem o ambiente
necessário para sua construção. É só parar para analisar: Depois de Loki, mais
algum vilão chamou a atenção do público ao ponto de amá-lo mais do que ao
herói? Isso se dá por que ele teve um bom espaço para se desenvolver, no filme
do Thor, em 2011. Neste longa, o desenvolvimento do Deus do trovão se deu
paralelamente com seu irmão, ou seja, ambos acabaram sendo construídos quase
simultaneamente, e todo mundo saiu ganhando.
É claro que as atuações ajudam muito a
marcar o personagem, mas é válido ressaltar que os vilões da Marvel geralmente
são interpretados por atores tão consagrados quanto os que interpretam os
heróis. Hugo Weaving, Corey Stoll, Mickey Rourke, Christopher Eccleston, etc.
são muitos os nomes que passaram pelas telas interpretando as ameaças de filmes
de super-herói. No caso de Doutor
Estranho, Karl Mordo teve espaço de sobra para se desenvolver, e pudemos
enxergar o seu lado “bom” no filme, vendo-o seguir a trajetória de aliado a
inimigo. O que Scott Derrickson (diretor do longa) fez ao colocar o personagem
inicialmente como aliado de Strange foi uma boa jogada, dando uma aula de
construção de um vilão. Para isso, foi necessário ver o crescimento de Mordo, e
explorar bem as razões que o fizeram mudar de lado, e esse é um dos pontos mais
fortes do filme.
Obviamente, foi necessário um grande espaço
para isso – chegando até a comprometer a visão de Khaecilius, personagem de
Mads Mikkelsen, como antagonista principal. A presença de Dormammu – não chega
a ser ruim, mas um pouco decepcionante – também não foi a grande surpresa do
filme. Esse mérito se deu à construção de Karl Mordo como o “Barão Mordo”, um
desenvolvimento digno de aplausos, e com a ajuda da atuação de Chiwetel
Ejiofor.
Dessa forma, só nos resta esperar os próximos
filmes da Marvel para ver alguma conclusão desse desenvolvimento.
Provavelmente, isso só irá acontecer na sequência de Doutor Estranho, pois dificilmente veremos o Barão Mordo no filme
dos Vingadores. Alguma cena pós-crédito do futuro filme Thor: Ragnarók poderia dar uma ideia de inclusão do personagem nas
próximas histórias, também mostrando o que ele se tornou de fato. A estratégia
usada por Derrickson no filme pode resolver de vez o problema da Marvel – a
construção de um vilão – podendo até resultar em uma fórmula para tal processo.
Lembrando que o último vilão tão bem construído foi o Loki, há quase cinco
anos. Quem sabe estejamos perto de encontrar um substituto para o Deus da
travessura como o maior vilão da Casa das Ideias? Só resta esperar, e essa eu
pago para ver!
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