27/06/2016

REVIEW - Invocação do Mal 2 - João F.


  Fala meu povo! Apesar do atraso, hoje trazemos aqui uma análise, com nossas impressões sobre a sequência de Invocação do mal. O diretor James Wan entrega um filme de terror cuja finalidade não é exatamente dar sustos, mas também fazer pensar um pouco mais além.


  Existem filmes do gênero que são feitos para realmente te deixar sem dormir por incontáveis noites. Foi o caso do primeiro Invocação do mal, lançado em 2013. Essa não é a prioridade do segundo filme, que se preocupa mais em estabelecer uma história mais expandida, mas ao mesmo tempo completamente equilibrada. Temos aqui uma Londres da década de 70, e alguns elementos dominantes da época também dão as caras (como o os efeitos da inflação e do desemprego e a “cultura estaduniense” de Elvis Presley), coisa que aparece brevemente no primeiro filme. Tem até um toque de humor (como a cena dos policiais) e um pouco de romance (o casal Warren tem um espaço ainda maior para o desenvolvimento de sua relação).


   Na trama, uma família londrina tem sofrido com recentes acontecimentos sobrenaturais em sua casa, em 1977, quando a filha de 11 anos Janet, começa a demonstrar sinais de que está sendo usada por um poderoso espírito, desencadeando fenômenos perigosos pela casa. O caso fica famoso por toda Londres, tendo também fama internacional, o que leva o casal de demonólogos Ed e Lorraine Warren (Patrick Wilson e Vera Farmiga) a viajar para a cidade representando a Igreja, com intenção de ajudar a família.



  É dever de qualquer sequência ir mais além do que o filme original, mas sem tirar a essência que este passou. É o que acontece com o novo filme de James Wan, que não tem medo de dar um passo à frente. É um filme de terror cuja história tem seus atrativos, vale ressaltar. Uma mãe que passa por dificuldades para criar os quatro filhos sozinha após a partida do marido é, por exemplo, a principal representação do desemprego que ocorria, alguns anos antes do governo Tatcher.
  No quesito de apavorar, o filme não impressiona tanto, pois o ambiente e a trilha sonora deixam claro para o espectador que o susto está para chegar. Ainda nessa questão, algo impressionante é o cenário das coisas. Isso vai do posicionamento das câmeras aos efeitos especiais, uma coisa que o primeiro filme explora, mas não tanto como este. O filme pode não ser tão assustador quanto o primeiro, mas possui detalhes que o faz ser uma das poucas sequências que chegam perto (bem pertinho mesmo) de superar o original.


  Assim como a boneca Anabelle do filme de 2013 (que ganhou seu filme próprio no ano seguinte), o filme leva ao público uma nova figura apavorante, na verdade duas, na forma de uma freira conhecida como “Valak” e do personagem “Homem-Torto”, que prometem ganhar mais um derivado da “franquia”. A cena em que Lorraine vê a freira pela primeira vez é um exemplo de cena que já esperamos pelo susto, mas não deixa nossas expectativas irem embora. É uma coisa que poucos filmes de terror conseguem fazer, transformar uma cena desse tipo em um “clichê bacana”. Isso prova que James Wan é do tipo de diretor que realmente “faz bonito” nas telonas, fazendo o espectador se sentir em um ambiente sombrio durante os anos 1970.
  Portanto, trata-se de um filme que é “menos assustador” do que o original, mas como toda sequência, ele tem uma grande expansão em seu enredo, e é digno de aplausos nesse momento. Sugiro que não esperem ir ao cinema e depois passar noites sem dormir como aconteceu no primeiro Invocação do Mal (Sobre este, a cena clássica do exorcismo ainda não saiu da minha cabeça), mas esperem por um filme de terror que faz o público sentir prazer em estar assistindo, sendo 132 minutos muito bem aproveitados. O NerdSpeaking recomenda!


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João Ferreira: O João sempre foi fanático por cinema. Heróis, suspense e História são as suas maiores paixões. Sempre ligado no mundo das telonas, é responsável pela parte crítica e reviews do universo cinematográfico do NerdSpeaking, além de apontar as suas curiosas diversidades. João Ferreira também é muito bem informado sobre o universo do terror, acompanhando sempre tudo o que é de novo nele, tanto em séries quanto em filmes. Desde muito novo, assistia grandes clássicos do mundo da Nerdice, o que o influenciou bastante para ser o nerd que é hoje!

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