NS INDICA | 5 FILMES DE AÇÃO (PRATICAMENTE) DESCONHECIDOS

Eaí pessoal, aqui quem fala é o Lucas Daniel! Eu geralmente tô aqui falando de séries, filmes e outras coisitas mais. Hoje não é diferente, vamos indicar filmes de ação que você provavelmente nunca assistiu. Todos originais, com ótimo design de produção, direção de fotografia e cenas de ação muito, muito, MUITO instigantes.

1. HERO (2002)

Fonte da imagem: Sil-Metropole Organization

A gente já inicia essa lista com um dos filmes mais bonitos de todos os tempos, segundo minha humilde opinião. Esse filme tem um história muito bem contada, com cenas muito bem coreografadas e um design de produção (direção de arte) que ajuda diretamente a contar a história. Hero (2002), dirigido por Zhang Yimou, faz parte do subgênero de filmes de kung fu chamado Wire fu (estilo do cinema de ação de Hong Kong usado em cenas de luta. É uma combinação de "arame" e " kung fu"). Sabe aquelas icônicas cenas de Matrix? Icônicas, surreais e limpas, os dublês e os atores e atrizes parecem flutuar enquanto lutam. Hero traz todo a experiência e o dinheiro do cinema de Hong Kong para um outro nível trazendo um surreal e brilhante olhar para um narrativa fragmentada e revisitada. É difícil revisitar e revisitar um mesmo bloco da história, mas o filme é impecável do roteiro à montagem. Uma história prisma! Nós revisitamos a luminosidade por muitas vezes e a cada visita nos deparamos com uma luz e cor diferentes que nos surpreende. 

A narrativa sagaz desse filme se ambienta na antiga China nos transportando na jornada de um lutador sem importância, que está sendo homenageado por derrotar três dos mais perigosos inimigos do rei. A partir da fala do protagonista (Jet li), as batalhas contra os assassinos Broken Sword, Flying Snow e Moon começam a ser questionadas pelo rei. É um filme sobre contar histórias e sobre perspectiva que se alia a dramaticidade do Wire fu para compor lindas imagens em movimentos.

2. O TIGRE E O DRAGÃO (2001)

Fonte da imagem: EDKO Film

Continuando na mágica do Wire fu (e longe das fórmulas hollywoodianas), o próximo da lista é o aclamado filme de Ang Lee O Tigre e o Dragão (2001), que ganhou o Oscar de Melhor Filme Internacional de 2002. A história é um clássico jogo de “gato e rato” durante a dinastia chinesa Qing, do século XIX, onde um guerreiro entrega sua espada à amante para que a leve a um lugar seguro, mas a arma é roubada.

A já comentada magia dos movimentos do subgênero do Kung fu se manifesta na capacidade da coreografia em meticulosamente desenhar os usos das mais variadas ferramentas dentro de uma mesma sequência. Enquanto as coreografias impressionam, a direção de Lee traz um ritmo muito interessante e uma delicadeza na direção de atores e na energia dramática que faz o filme voar (assim como as personagens). Além disso, a narrativa traz tanto como protagonista e antagonista um papel central para as personagens femininas em contexto dos anos 2000.

3. UPGRADE (2018)

Fonte da imagem: Blumhouse Productions

Comentamos sobre Hollywood e falando nela, ela já salta para a nossa terceira indicação. Bem longe de se parecer com os blockbusters da Marvel e de tudo que já vimos a principal indústria cultural do mundo, Upgrade (2018) traz discussões relevantes em um cenário futurista onde a tecnologia domina todos os aspectos da vida. Nesse futuro próximo, Gray, um tecnofóbico e nosso protagonista, se envolve em um acidente de carro misterioso e sua mulher é assassinada, tudo muda quando ele consegue um implante experimental de chips de computador chamado Stem. Imagine se um Robocop mais clean se encontrasse com temáticas de Black Mirror com um leve toque de Akira?

A direção de Leigh Whannell - o mesmo do ótimo O Homem Invisível (confira nossa review do filme aqui - https://bit.ly/2xXyjSY) - traz uma ótima energia para o filme. A cenas de ação são bem dosadas e o desenvolvimento do personagem e do mundo (que é bem rico, diga-se de passagem) tomam o lugar central. Isso traz um peso ainda maior para as cenas de ação.

4. ONG BAK (2003)

Fonte da imagem: Sahamongkol Film International

Acho importantíssimo ressaltarmos a produção de uma outra indústria que também se localiza no oriente: o cinema tailandês. Por isso, indicamos o voraz Ong Bak: Muay Thai Warrior (2003), dirigido por Prachya Pinkaew e estrelado por Tony Jaa. O filme de ação tailandês teve duas sequências e nos leva a uma jornada em busca de uma antiga estátua de Buda, chamada Ong Bak. Dois ladrões de Bangkok a decapitam e a levam e cabe a Ting (Tony Jaa), um aldeão extremamente habilidoso em Muay Boran (artes marciais desarmadas da Tailândia), viajar a Bangkok para recuperar a cabeça roubada.

Acredito que seja o filme mais realista dessa lista! A coreografia e a direção do filme trazem um real impacto a cada novo golpe e o poder de nos fazer sentir cada um deles diz muito sobre a capacidade de empatizarmos com os personagens, suas histórias, crenças e desafios.

5. 2 COELHOS (2012)

Fonte da imagem: Black Maria Filmes

E eu não poderia terminar essa lista sem ao menos uma citação ao cinema brasileiro! Hoje, indico 2 coelhos (2012), um filme que pega as convenções dos filmes norte americanos e traz para nossa terrinha tupiniquim. Com direção e roteiro de Afonso Poyart, a narrativa conta a história de Edgar que se encontra preso entre a criminalidade e o poder público corrupto. Cansado disso, ele planeja fazer justiça com as próprias mãos e executa um plano que colocará criminosos e corruptos em rota de colisão.

O filme tem música composta por Marcio Nigro e o maravilhoso André Abujamra. É um filme com uma premissa legal e que fez tanto sucesso no exterior que se discute um remake norte americano. É um bom filme que se distancia da maioria dos filmes do Brasil a se aproximar mais diretamente de elementos dos Estados Unidos em termos do uso da ação como fruição escapista.

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Arte de capa: Sil-Metropole Organisation