20/01/2020

Não ​precisamos falar sobre Parasita: Nós ​VIVEMOS parasita.




   Quando 80% da população brasileira é considerada baixa renda, (segundo dados do IBGE), não torna-se difícil imaginar a realidade da família Ki-taek, ponto principal do filme que vem ultrapassando países e deixando sua marca em grandes festivais,como o Globo de Ouro de 2020. Se você faz parte desses 80% da população com mais de 3 pessoas numa casa, para se sustentar e tentar sobreviver dia após dia, Parasita provavelmente foi feito para você,porque sim Gabi, só quem vive infelizmente sabe. 


Parasita é sobre privilégios, montado não em falas mas sim em atitudes de cunho social,numa família que não é nem baixa renda,pois não há renda inicialmente,feito pra quem sabe que nem sempre a chuva é benção. Se parasita fosse uma música,lembraríamos do refrão inicial de: Azul da cor do mar,de Tim Maia,onde um nasce pra sofrer enquanto o outro ri. 

Fonte da imagem: Slate.com 

Há quem julgue a família Ki-taek como gananciosos, vocês vão tem que assistir o filme para tirar suas próprias conclusões,afinal o Oscar vem aí dia 09 de Fevereiro e Parasita está entre os indicados na categoria de Melhor Filme. Será que este ano um filme estrangeiro sai da categoria apenas de melhor filme estrangeiro e vence o Oscar?  

Bong Joon Ho mostra em sua trajetória com filmes consagrados e até mesmo com produções americanas,que está disposto a quebrar esta barreira. O diretor de Memórias de um assassino,e outros já se “infiltrou” ao cinema americano com filmes como Expresso do amanhã e Okja, exibido no stream Netflix, lançado em 2017. 

Em 2019, Bong J.Ho volta aos cinemas num ano onde Bacurau também habitou nas grandes telas e festivais,dois filmes com temáticas sociais tão presentes. Ao vencer o Globo de Ouro de melhor filme estrangeiro, Bong J.Ho discursou sobre os americanos não estarem habituados a assistir filmes não-americanos. E ainda comentou sobre todos usarem uma única linguagem: O cinema. 

 Fonte da imagem: The Playlist

Seria então o cinema que em pleno 2020, em meio a filmes de super heróis e apostas para indicados como Era uma vez... em Hollywood e 1917, que vai resgatar os problemas sociais e fazer a tão privilegiada camada de classe média alta repensar? 

Não sei como os ricos pensam, meus caros, mas sei que pouco a pouco o cenário cinematográfico Norte-Americano é a obrigado a dar espaço para filmes que precisam ser notados. Estou na esperança de que o cartão com o nome do filme ganhador, não de uma de Shakespeare Apaixonado, desta vez (rsrs).  

Fonte da imagem: Book and Film Globe




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