08/07/2019

SPIDER-REVIEW | Longe de Casa e a Maturidade Necessária - João F.




   Fala, meu povo! A sequencia da terceira adaptação cinematográfica do Cabeça de Teia estreou recentemente, e nós tivemos a oportunidade de conferir o resultado de Homem Aranha: Longe de Casa. A produção serve como um epílogo para a “Fase 3” do UCM, surgindo como uma “pausa” para respirar após tantos acontecimentos bombásticos em Avengers: Endgame e, nesse quesito, Spiderman: Far from home é o “Homem-formiga e a Vespa” de 2019. Só que, dessa vez, em maior escala.


    A trama se passa pouco após os eventos do quarto filme dos Heróis Mais Poderosos da Terra, mostrando Peter Parker (Tom Holland) tentando seguir em frente após a morte de seu mentor Tony Stark. Com o hiato de cinco anos, Parker e seus amigos procuram voltar à vida normal no colégio, que promove uma viagem para a Europa, onde Peter pretende se declarar para sua crush MJ (Zendaya). No entanto, o espião Nick Fury (Samuel L. Jackson) entra no meio da história recrutando o Homem-Aranha para uma nova equipe que inclui o Mysterio (Jake Gyllenhaal), com a missão de impedir mais ataques de perigosas criaturas que aparentemente vieram de uma outra dimensão.



   Só de analisar a proposta da trama, já identificamos que tudo ocorre numa escala maior ao filme anterior (Spiderman: Homecoming), algo tradicional nas sequências, o que a Marvel tem mostrado domínio ao conduzi-las. Aqui, a coisa não é diferente, e abre as portas para a esperada “Fase 4” do UCM, que deve explorar bastante novos arcos para o aracnídeo, interpretado novamente por Tom Holland, que agora parece ainda mais seguro no papel. Enquanto no primeiro filme, tínhamos um garoto aprendendo sobre ser o “Amigão da vizinhança”, aqui ele já possui a responsabilidade de manter o legado do Homem de Ferro em boas mãos, ganhando logo de cara a confiança do espectador, ao mesmo tempo em que Peter começa a traçar seu próprio caminho. E o roteiro acrescenta um tom de humanidade à história quando vemos que Peter Parker quer curtir as férias, procurando distrair-se depois dos últimos acontecimentos e focar no que a viagem pode oferecer. No entanto, quando o inesperado acontece, o Homem-Aranha já demonstra maturidade ao encarar suas responsabilidades, sugerindo uma evolução constante do personagem a cada filme do UCM.



O filme, que consegue ser bem superior ao anterior, é bem diferente deste, que possuía uma vibe nostálgica das comédias adolescentes da década de 1980, dando um ar mais “natural” para a nova geração apresentada na nova franquia. Em Longe de Casa, podemos até dizer que o núcleo jovem não foi explorado com a mesma profundidade, mas isso se torna compreensível quando nós já conhecemos esses personagens, que aqui apesar de terem uma participação padrão de coadjuvantes, não quer dizer que não são interessantes, pelo contrário. Ned Leeds, por exemplo, continua bastante divertido sendo o “Nerd da cadeira” e aqui ele ganha um par romântico, com uma trama paralela que ganha a simpatia do público. Outro que ganha um upgrade nesse filme, apesar de aparecer pouco, é o Happy Hogan, que aqui cria um laço com Peter, assumindo em certo ponto um papel que o faz lembrar do que o Tio Ben representa para o herói na história original, mesmo que seja apenas expresso em algumas atitudes.



Samuel L. Jackson como Nick Fury é outro que continua ótimo em cena, e aqui possui um desenvolvimento um tanto “diferente” do que já foi mostrado antes. Falar mais sobre a participação dele envolve spoilers, então vamos resumir que ele consegue dar o devido “empurrão” para que o Homem-Aranha aprenda a desenvolver ainda mais suas habilidades. Zendaya como MJ mostra mais carisma do que no filme anterior, com uma química incrível com Tom Holland, garantindo cenas hilárias. Marisa Tomei como Tia May aparece pouco, mas são aparições pontuais, possuindo uma relação com Peter que nunca foi antes vista no cinema É bom lembrar que, nessa versão, a personagem já descobriu a identidade secreta do sobrinho.



Jake Gyllenhaal como Quentin Beck/Mystério rouba a cena, tendo um rumo que pode até ser previsível, mas que garante bons momentos, com ótimas sequências de tirar o fôlego. Apenas uma cena envolvendo o personagem, por volta da segunda metade do filme, quase colocou tudo a perder após se tornar expositiva demais, mas soube tomar as rédeas na hora certa. Ele é o sujeito perfeito que a Marvel precisava para provocar mudanças significativas no rumo do herói-título e, talvez, de todo o UCM.



No que se refere ao ritmo, o filme funciona de forma coerente e com a direção novamente segura de Jon Watts, que não deixa a peteca cair. Talvez nos início a trama se mostre um pouco lenta, mas não no sentido entediante, por conta do profissionalismo do elenco de protagonistas e coadjuvantes, mas da metade para o final, o bicho pega! O humor aqui também está na medida certa, equilibrando com a carga dramática, mas nesta sequência, mais gargalhadas são garantidas, com piadas pontuais, e que apesar de possuírem um número significativo, não compromete a história. É algo semelhante ao que aconteceu na transição do primeiro Guardiões da Galáxia (2014) para a sua sequência, lançada em 2017. A trama está em maior escala, então a zoeira também é elevada! Mas, que fique claro: aqui o humor é carregado mais pelos momentos e atitudes dos personagens do que pelas referências à clássicos, presentes nas piadas do filme anterior.

Conclusão

Portanto, Homem-Aranha: Longe de Casa é o filme que fecha com chave de outro a Fase 3 do UCM, e também revela outras portas para o futuro da Marvel, que se mostra bastante promissor. É provavelmente um dos melhores filmes do Cabeça de Teia – talvez atrás apenas de Homem-Aranha 2 de Sam Raimi – e um marco no UCM. Vale lembrar: o filme tem duas cenas pós-crédito, e elas são essenciais para se ter uma ideia do que pode vir por aí. Sem spoilers, eu afirmo: É algo no nível do que aconteceu ao fim dos créditos do primeiro filme do Homem de Ferro!




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