Fala, meu povo! Hoje, vamos falar de um assunto muito
sério! Recentemente, “Pantera Negra” estreou nos cinemas nacionais e ainda
permanece em alta nas bilheterias. A recepção extremamente positiva da crítica
e do público não foi direcionada apenas por conta dos quesitos técnicos e
narrativas, mas também pelo que essa produção representa para o “orgulho
negro”.
Ainda assim, muita gente questionou os textos dos
críticos especializados, que enaltecem a representatividade em Pantera Negra,
e acharam esse requisito até mesmo descartável. Bem, cada um tem a sua opinião,
mas o fato é que a representatividade no cinema faz com que o público sinta-se
mais à vontade em se identificar com os personagens, se envolvendo com eles em
suas tramas. Eu, particularmente, acho que essa questão foi muito mais do que
necessária.
Determinados temas “tabus” são abordados em diversas
produções, que mostram sua coragem ao lidar com isso (ao menos na maioria das
vezes) sem apelar para recursos muito “batidos” como o melodrama, optando por
inserir referências à esses temas durante a interação entre os personagens. E
em Black Panther, a coisa não rola de maneira diferente, pois o longa
metragem pode também ser analisado como um filme “pra boi acordar”.
Os principais argumentos utilizados pelos usuários que
não curtiram as análises da maioria dos críticos era de que esse tipo de
leitura parecia uma “matéria de quase 60 anos atrás”. E sabe por que eu acho
que essa representatividade em Pantera Negra foi necessária?! O fato é que,
apesar de terem se passado várias décadas, com inúmeros acontecimentos que
mudaram o mundo, atos bárbaros como o racismo continuam ocorrendo, com
determinadas ações negativas que fazem o ser humano parecer primitivo. Dessa
forma, torna-se essencial abordar esse tema nas produções hollywoodianas, nesse
caso tocando na ferida daqueles que possuem o chamado “racismo velado”.
Quer um exemplo de luta contra o racismo? O partido
dos Panteras Negras, que surgiu em 1966, atuando por muitos anos nos EUA. Esse
movimento revolucionário foi tido como um dos mais influentes do final daquela
década. O grupo surgiu no intuito de lutar pelos direitos da população negra,
protegendo os moradores dos “guetos” da brutalidade da força policial daquela
época. Agora, vamos puxar o gancho para o ano de 2017, quando, entre agosto e
setembro, virou notícia internacional a presença de vários grupos extremistas
nos EUA realizando manifestações pregando ideais conservadores, com até mesmo
referências extremamente claras ao nazismo. Existem várias reportagens que
apontam que existem mais de mil grupos desse tipo somente nos EUA, pregando o
que os seus membros chamam de “Nacionalismo branco”.
Fonte: huckmagazine.com
Percebeu a semelhança? Pois é! Se passaram mais de
cinquenta anos desde a atuação do Partido dos Panteras Negras e parece que a
situação não mudou muito. Recentemente, uma estudante brasileira iniciou uma
campanha para arrecadar dinheiro suficiente para levar 200 crianças negras de
algumas comunidades locais para assistir ao filme do Rei de Wakanda, e muita
gente criticou o gesto da garota, que tinha intenção de fazer com que essas
crianças experimentassem a magia do cinema - muitas delas pela primeira vez - e
permitir que se identifiquem com os personagens principais. Preciso lembrar que
o ator Michael B.Jordan revelou que o longa metragem nacional Cidade de Deus
inspirou a forma como o diretor Ryan Coogler queria que o público assistisse ao
filme, permitido que os meninos do filme de Fernando Meirelles se vissem em
tela em Pantera Negra?!
- Considerações
finais:
Então, é isso, pessoal! Não concorda com meu ponto de
vista? Tudo bem, desde que não venha a ser desagradável, basta deixar a sua
opinião nos comentários. Pantera Negra está em cartaz nos cinemas, e se você
ainda não assistiu ao novo filme da Marvel, recomendo que pare o que estiver
fazendo e corra para o cinema mais próximo!
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