Acidentes de trabalho acontecem o tempo todo. Mas, no mundo
dos comics, eles quase sempre são sinônimo de superpoderes. Já estamos quase
acostumados com essa história. As habilidades deste herói, entretanto, merecem
um pouco mais de atenção.
Doutor Manhattan (ou Dr. Osterman) era um grande físico que
acabou ficando preso num separador de partículas (que deve ser o equivalente a
um Colisor de Partículas), tendo seu corpo desintegrado por completo... Pelo menos por
um tempo. Pouco a pouco, sistema circulatório, músculos, e por fim, um homem de
pele azul cintilante surgiu no lugar do comum cientista.
Fonte: https://goo.gl/YrUL1s |
Deixando de lado todas as publicidades sobre o armamento
nuclear americano que este personagem representa, os poderes do Doutor
Manhattan viriam bem a calhar para os cientistas modernos reais. Alan Moore e
David Gibbson criaram o personagem na década de 80, provavelmente influenciados
pela ameaça de uma guerra nuclear de EUA X URSS e pelas transformações
políticas que aconteciam. Quem quiser saber mais sobre a história do personagem
em si, recomendo o filme Watchmen (2008). Mas voltando a questão dos poderes do
Dr, Manhattan. Além de não envelhecer, não sofrer danos físicos e ter o poder
de clarividência, ele tem o controle da matéria em nível subatômico e é capaz
de se regenerar, se duplicar, fazer e desfazer objetos em nível atômico. É
inegável que o Jonathan Osterman ganhou poderes incríveis e alguns dizem que
são poderes quase divinos. Mas falando bastante sério, o que exatamente isso
significa? Por que Dr. Manhattan é tão poderoso?
- Para responder essa pergunta vamos entender o que é o mundo
atômico:
Para entender a natureza da realidade e do que as coisas são
feitas, nós tivemos que olhar para os objetos bem de perto. e ficamos surpresos
ao descobrir (no final do século XVII) o mundo dos microorganismos. Bactérias,
células, vírus modificaram a nossa forma de enxergar o mundo. E então
resolvemos olhar ainda mais perto. Descobrimos que essas estruturas moleculares
são feitas de robozinhos de proteínas e estrutura ainda menores. A descoberta
do DNA no século XIX agitou a bioquímica. Entretanto físicos estavam de olho em
algo ainda menor: O átomo.
A ideia da existência
de átomos vêm desde da Grécia Antiga, apesar de nunca terem observado
diretamente. A palavra átomo significa ‘indivisível’,e durante muito tempo a
ideia de tijolos invisíveis se estabeleceu na cabeça dos pesquisadores.
Finalmente tínhamos achado a essência de todas as coisas. Será? Parece que não.
Alguém teve a brilhante ideia de chocar um átomo contra o outro bem forte e eis
que surge: As partículas elementares. Prótons, elétrons e nêutrons são as
maiores e as mais famosas. Elas são o corpo do átomo, atuando como um minúsculo
sistema solar. Prótons e nêutrons grudados no centro e os elétrons orbitando
seu eixo.
Fonte: https://goo.gl/SjEKcd |
Mas agora tínhamos um problema… Não conseguimos ver essas
partículas. Elas são tão absurdamente pequenas que a luz simplesmente passa
entre elas sem fazer interação nenhuma. O ato de ver algo exige que uma onda
eletromagnética viaje da fonte até o objeto, reflita e chegue até o seu olho
com essa informação. Tentamos resolver esse problema criando ondas
eletromagnéticas com o comprimento de onda cada vez menor. Mas um menor
comprimento de onda significa mais energia. Então quando tocamos esse objetos
minúsculos com muita energia, acabamos alterando o objeto. Não podemos medir
partículas elementares de forma precisa porque, simplesmente, não conseguimos
enxergá-las. Isso é uma dor de cabeça tão grande que recebeu até um nome: O
Princípio de Incerteza de Heisenberg. Então, como um partícula se parece? Qual
sua velocidade e posição exata? Não sabemos. e até agora ninguém sofreu um
acidente de trabalho que concede o dom de manipular partículas elementares. Os
cientistas do mundo ganharam uma injeção de ânimo com esta foto:
Fonte: https://goo.gl/28Udc2 |
Isso é a fotografia de um átomo de rubídio 85. Resultado de
três anos de pesquisa, isolamento e resfriamento de vários átomos de rubídio. A
possibilidade de isolar e criar átomos individualmente é sim literalmente um
poder divino. Tirando os desprazeres da fissão nuclear e seus usos, essa
descoberta pode alterar drasticamente nossa tecnologia. Entrelaçamento quântico
pode nos proporcionar computadores quânticos, capacidade de processamento e
armazenamento imensuráveis e até teletransporte! E o melhor é que ninguém
precisa se transformar num monstro azul para isso, sem ofensas ao Dr.
Manhattan.
Fonte: https://goo.gl/YrUL1s |
Espalhe a ideia, comente com os amigos! Compartilhe o que é bom!
Twitter: @oNerdSpeaking
Instagram: NerdSpeaking
SoundCloud: Nerd-Speaking
Facebook: NerdSpeaking
E-mail: nerdspeaking@gmail.com
que post maravilhosoooo! <3
ResponderExcluir