07/03/2018

CRÍTICA | Trama Fantasma - Caio



   Londres, década de 50. Reynolds Woodcock (Daniel Day-Lewis) é um renomado estilista que veste a  mais alta sociedade europeia, contando com a ajuda de suas costureiras e com a gerência de sua irmã Cyril (Lesley Manville). Ele tem total devoção pelo que faz, ofício ensinado quando ainda era uma criança pela sua querida mãe. Porém, após conhecer Alma (Vicky Krieps), uma bela mulher que trabalhava como garçonete numa pequena lanchonete, sua vida mudaria de uma forma que ele jamais havia pensado.


   Indicado a 6 Oscars, incluindo o de melhor filme, Trama Fantasma é um filme inquietantemente delicado, sobre um homem obcecado pelo trabalho e sua relação com Alma, seu caso amoroso que nutre um amor doentio pelo estilista. Paul Thomas Anderson (O Mestre, Vício Inerente) dirige esse drama protagonizado por Daniel Day-Lewis, excelente como sempre e que afirma que esse foi o seu último trabalho como ator. 


   Entre os pontos altos da obra, é valido destacar a trilha sonora, a qual serviu como elemento condutor e narrativo para a história que estava sendo contada na tela. Serviu para criar a tensão de maneira muito eficiente e instigar a percepção auditiva do público juntamente com a fotografia, outro aspecto positivo. Em determinado momento no final do filme, se percebe uma clara diferença de temperatura presente num único ambiente, externalizando visualmente os sentimentos presentes das personagens na cena. Além da louvável atuação do Daniel Day-Lewis, tanto Vicky Krieps quanto Lesley Manville merecem destaque; a primeira por representar muito bem uma mulher apaixonada, obstinada e por vezes cínica, enquanto a segunda por dar vida a uma personagem séria e discreta, sendo até meio debochada com relação aos modos de tratar o seu irmão.


   A maneira que a história foi desenvolvida ao redor do casal pode ser comparada a um jogo de tabuleiro como o xadrez, por exemplo. Cada ação desempenhada equivaliam a jogadas, cada um tendo o seu turno para pôr em prática aquilo que tinham em mente. No caso de Alma, ela toma atitudes extremas para conseguir ser amada pelo estilista assim como ela o ama. Já Reynolds, com suas extravagâncias, visava manter o controle de Alma, inicialmente vista por ele como uma modelo dos vestidos que ele criava.



   Em Trama Fantasma, a obsessão é a chave motriz do filme, podendo ser percebida com mais clareza a medida que vai se aproximando do fim. É um dos melhores filmes escritos e dirigidos pelo Paul Thomas Anderson, podendo ser descrito como uma obra memorável e merecidamente sendo indicado em várias premiações como o melhor filme do ano.


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