HBO divulga divulgou semana passada o primeiríssimo trailer de Fahrenheit 451.
Estrelando ninguém menos que Michael B. Jordan, ele mesmo, o Erik Killmonger de
Pantera Negra.
A adaptação do roteiro e direção
ficou a cargo de Ramin Bahrani e Amir Naderi. A produção é um telefilme
- que é um filme pensado para ser estreado na televisão e não no cinema. Fahrenheit 451 já teve uma longa-metragem em
1966, dirigida por François Truffaut para quem tiver curiosidade.
Fahrenheit 451 é um livro do autor Ray Bradbury, lançado em
1953. A distopia ambientada nos horrores do regime nazista, trata de uma
sociedade alienada pela comunicação de massas - televisão e rádio. A sociedade
rejeita todo conhecimento mais profundo do que quer que seja, preocupada
somente no entretenimento ininterrupto.
"Como uma pessoa
fica tão vazia?, perguntou a si mesmo. Quem esvazia a gente?" - (p.68)
Nesse contexto, somos apresentados aos Bombeiros,
profissionais responsáveis em pôr fogo em livros, jornais, revistas e em
qualquer coisa que possa contar informações ‘perigosas’. Inclusive, é daí que
vem o título, já que, 451 Fahrenheit é a temperatura necessária para o papel
pegar fogo (o equivalente a 233ºC).
“Então, vê agora por
que os livros são tão odiados e temidos? Eles mostram os poros no rosto da
vida. As pessoas acomodadas só querem rostos de cera, sem poros, sem pêlos, sem
expressão.” (p. 67)
A trama gira
em torno do bombeiro Guy Montag, que começa a se questionar acerca do seu
trabalho depois que conhece Clarisse, sua vizinha adolescente. Em contrapartida,
seu mentor e chefe dos bombeiros Capitão
Beatty, faz o papel de antagonista e parece bastante bem resolvida com seu
trabalho. Montag é casado com Mildred, sua esposa de tendências suicidas e
apaixonada pela telenovelas informativas - mais apaixonada até do que pelo
próprio marido.
“Se não quiser um homem
politicamente infeliz, não lhe dê os dois lados de uma questão para resolver;
dê lhe apenas um. Melhor ainda, não lhe dê nenhum. Deixe que ele se esqueça de
que há uma coisa como a guerra. Se o governo é ineficiente, despótico e ávido
por impostos, melhor que ele seja tudo isso do que as pessoas se preocuparem
com isso. Paz Montag.” (p. 53)
O mais
assustador é que, diferente de outras distopias com ditaduras - como 1984 e
Admirável Mundo Novo - a censura nesta obra é apoiada por grande parte da
população. O total desinteresse pelo conhecimento e o apelo pela eliminação de
livros, agora obsoletos, diante das comunicações de massa.
“Resumos de resumos,
resumos de resumos de resumos. Política? uma coluna, duas frases, uma manchete!
Depois, no ar, tudo se dissolve! A mente humana entra em turbilhão sob as mãos
dos editores, exploradores, locutores de rádio, tão depressa que a centrífuga
joga fora todo pensamento desnecessário, desperdiçador de tempo!” (p. 49)
Soa
familiar? Distopia ou rotina? Difícil separar. Fahrenheit 451 é uma excelente
leitura com diversas questões e reflexões amarradas em uma narrativa
melancólica. No fim, é uma obra sobre o vazio das relações humanas e a
homogeneidade dos próprios indivíduos. O Nerdspeaking recomenda a leitura.
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Amo as obras de Ray Bradbury. Acho que ele é grande. Eu acho que o seu melhor livro é Fahrenheit 451. A sua história é incrível e acho que muito relevante para o tempo atual. Este livro conta uma história extraordinária, por isso quando soube que estrearia um filme soube que devia vê-lo. Acho que Fahrenheit 451 filme será um dos melhores do gênero de ficção cientifica neste ano. É uma boa idéia fazer este tipo de adaptações cinematográficas de livros classicos que todo mundo ama. Espero que seja bom. É uma historia muito interessante!
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