Homeland volta com sua mais nova temporada continuando a narrativa da
sexta temporada com essa “volta às raízes”. Relevante, inteligente e com
assinatura. A sétima temporada estreou já faz um tempo, e a cada novo
episódio a trama só melhora. Vem conferir!
Para quem ainda não conhece, a série do canal Showtime segue a
personagem Carrie Mathison (Claire Danes), agente da CIA, que trabalha
como contra terrorista em Langley. É um drama psicológico de espionagem
baseada na série israelense Prisioneiros de guerra. Homeland é “um
suspense que mantém o telespectador na ‘beira’ do sofá desde o primeiro
episódio (...) também conseguiu dizer algo significativo sobre a guerra
ao terror”, como diz o Scott Collura, do IGN, ao comentar o piloto da
série.
Grande parte do que faz uma série ser um grande hit é seu
frescor; o quanto o assunto está sendo comentado mundo a fora. Homeland
se beneficiou muito disso em seus primeiros anos e, atualmente, ainda o
faz. A atual sétima temporada traz temas como fascismo, extremismo,
controle ideológico, manipulação retroativa, alienação, paranoia,
deterioração da democracia, descrença no sistema e no Estado, violação
de direitos, Fake News, discurso de ódio entre muitos outros assuntos na
nossa pós-modernidade.
Relevância temática é uma das coisas que fazem HOMELAND ainda ser importante, além do fato de ser uma série com uma narrativa instigante.
A série possui uma assinatura muito particular, que é bem-vinda, em tempos de histórias repetitivas, chatas, sem consequência ou lógica. A primeira cena desta nova temporada, por exemplo, demonstra tal identidade. Carrie está na esteira correndo, enquanto um jazz muito eufórico e sufocante a acompanha. Essa cena pode ser entendida como tradução do estado mental de deterioração da personagem (que representa muitas pessoas da atualidade), pessoas cansadas que se dopam para continuar suas atividades: um momento recorrente de claustrofobia, ansiedade e incerteza. A psicologia da personagem de Claire Danes é uma dimensão fortíssima do programa, uma das coisas que fazem o público se interessar pela personagem.
O comentário social da série é extremamente relevante e rico, pois tem muitas similaridades com a nossa realidade. O poder e uso da comunicação e da incomunicação/desinformação dos que têm poder para com a massa. Falar sobre Homeland é falar sobre política, isto implica uma discussão sobre poder e aqueles que o possuem. Um estudo feito nos Estados Unidos nos três meses que antecederam o discurso de Trump sobre o Estado da União, em janeiro, demonstra que os grupos conservadores de extrema-direita compartilharam mais notícias falsas no Facebook do que todos os demais grupos existentes. Tal estudo realizado pelo o Instituto da Internet da Universidade de Oxford confirma os comentários que a série traz nas discussões que rodeiam o personagem Brett O’keefe (Jake Weber). Um cara branco nos moldes da “família tradicional americana” e das “pessoas de bem” com um discurso conservador. Ele critica a recém eleita Elizabeth Keane, alegando servir o público e pensar na população americana, todavia quando o destino reivindica uma confirmação do O’keefe, ele se mostra inconsistente e egoísta. Mas não se engane, mesmo que os personagens sejam horríveis, a série não os julga, ela os desenvolve com dimensões e motivações interessantes. Mesmo que não concordemos com os personagens, nós os entendemos. O papel dela é estudar os personagens e nos contar uma história com objetividade.
“Quer conhecer uma pessoa realmente?
Dê poder a ela!”
O elenco é fenomenal: Claire Danes (My so called life, Master of none) Elizabeth Marvel (House of Cards, Lincoln), Mandy Patinkin (Dead like me, Extraordinário), Linus Roache (Vikings, The Blacklist) entre outros. Além das atuações, todos os componentes técnicos contribuem para a criação da atmosfera de um suspense que histórias de espião possuem: a trilha, direção, roteiro, direção de arte. O universo que Homeland constrói a cada episódio é denso, complexo e coerente. A série volta aos moldes de sua primeira temporada trazendo um “terror” diferente dentro do solo americano. A cada Domingo um novo episódio sai no Showtime para nos entreter e fazer pensar. No Brasil, o programa é transmitido pelo Fox premium. O NerdSpeaking Indica!
Twitter: @oNerdSpeaking
FONTE: https://bit.ly/2E3iLdM |
Relevância temática é uma das coisas que fazem HOMELAND ainda ser importante, além do fato de ser uma série com uma narrativa instigante.
A série possui uma assinatura muito particular, que é bem-vinda, em tempos de histórias repetitivas, chatas, sem consequência ou lógica. A primeira cena desta nova temporada, por exemplo, demonstra tal identidade. Carrie está na esteira correndo, enquanto um jazz muito eufórico e sufocante a acompanha. Essa cena pode ser entendida como tradução do estado mental de deterioração da personagem (que representa muitas pessoas da atualidade), pessoas cansadas que se dopam para continuar suas atividades: um momento recorrente de claustrofobia, ansiedade e incerteza. A psicologia da personagem de Claire Danes é uma dimensão fortíssima do programa, uma das coisas que fazem o público se interessar pela personagem.
FONTE: https://bit.ly/2us77d8 |
O comentário social da série é extremamente relevante e rico, pois tem muitas similaridades com a nossa realidade. O poder e uso da comunicação e da incomunicação/desinformação dos que têm poder para com a massa. Falar sobre Homeland é falar sobre política, isto implica uma discussão sobre poder e aqueles que o possuem. Um estudo feito nos Estados Unidos nos três meses que antecederam o discurso de Trump sobre o Estado da União, em janeiro, demonstra que os grupos conservadores de extrema-direita compartilharam mais notícias falsas no Facebook do que todos os demais grupos existentes. Tal estudo realizado pelo o Instituto da Internet da Universidade de Oxford confirma os comentários que a série traz nas discussões que rodeiam o personagem Brett O’keefe (Jake Weber). Um cara branco nos moldes da “família tradicional americana” e das “pessoas de bem” com um discurso conservador. Ele critica a recém eleita Elizabeth Keane, alegando servir o público e pensar na população americana, todavia quando o destino reivindica uma confirmação do O’keefe, ele se mostra inconsistente e egoísta. Mas não se engane, mesmo que os personagens sejam horríveis, a série não os julga, ela os desenvolve com dimensões e motivações interessantes. Mesmo que não concordemos com os personagens, nós os entendemos. O papel dela é estudar os personagens e nos contar uma história com objetividade.
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Dê poder a ela!”
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