Fala,
meu povo! Finalmente Pantera Negra chegou aos cinemas nacionais, dirigido por
Ryan Coogler (Creed – Nascido para lutar). Trata-se de um dos filmes mais
aguardados de 2018, prometendo ser um dos melhores da Marvel, não só por ser o
primeiro filme solo de um dos seus heróis mais adorados, mas sim pela questão
de representatividade. Mas será que o filme cumpriu sua missão com sucesso?
Na
trama, o príncipe T’Challa (Chadwick Boseman) retorna para seu país africano,
Wakanda, uma civilização cuja tecnologia está muito à frente do que o resto do
mundo. Uma vez de volta, o T’Challa deve estar pronto a assumir o trono deixado
por seu pai (morto no atentado de Zemo em “Capitão América: Guerra Civil”),
assim como a identidade de Pantera Negra, o protetor do país. Porém, ele terá
que superar muitos obstáculos para atingir seu objetivo de uma vez, tendo em
sua cola Ulisses Klaw (Andy Serkis) e o perigoso Killmonger (Michael B.
Jordan). A partir de agora, ele deve se unir aos membros de suas forças
especiais para impedir que Wakanda entre em crise.
A
primeira aparição do Pantera Negra se deu na edição 52 do Quarteto Fantástico,
publicada em julho de 1966, onde foi introduzido como adversário da família de
super-heróis, até revelar suas verdadeiras intenções e contar sua história. E,
depois de mais de cinquenta anos, o reino africano de Wakanda finalmente ganha
vida nas telonas, e o resultado ficou incrível, tanto na questão da estrutura
quanto do povoamento do local. Boseman se sai novamente muito bem como o herói,
algo que eu já esperava, visto que o achei o melhor personagem de “Civil War”.
O seu T’Challa é um cara forte e determinado, mas que também tem suas
inseguranças e medos, ao dar de cara com situações que não sabe se está pronto
para enfrentar.
Toda
aquela trama que mostra Wakanda como um país escondido do resto do mundo,
jamais conquistado em toda sua história, está presente no longa-metragem, que
inclusive também explora a forma como esse país é visto pelo resto do mundo,
através do personagem Everett Ross (Martin Freeman). Por sinal, aqui o agente da CIA é muito
melhor aproveitado do que em “Guerra Civil”, onde sua presença foi extremamente
desnecessária, mas em “Pantera Negra”, ele teve a chance de mostrar seu real
valor, e apesar de começar sendo praticamente um peso morto, no fim Everett
prova que foi, de fato, útil, sendo porta-voz de uma das tramas mais
interessantes do filme: o ponto de vista dos países considerados “super
potências” acerca do que Wakanda de fato representa.
Acredito
que a palavra mais forte para definir o filme seria Representatividade. O Pantera Negra foi o primeiro herói negro a
ganhar um gibi solo na Marvel, algo que aconteceu depois do sucesso de sua
estreia nos gibis do Quarteto Fantástico, e ao assistir à adaptação
cinematográfica dos quadrinhos, essa questão fica ainda mais clara, visto que a
produção mostra não apenas os recursos tecnológicos infinitamente avançados de
Wakanda, mas também abre um grande espaço para explorar as expressões culturais
do país, o que torna este filme bem diferente dos demais filmes do UCM. A
questão da representatividade é colocada ainda mais em prática com o
desenvolvimento dos personagens, que protagonizam situações que fazem críticas
sociais ao exibir uma inversão de valores.
Por
falar em crítica, o filme trata de questões praticamente obrigatórias, como o
racismo, mas não faz isso de forma explícita, optando por deixar essas questões implícitas nos
diálogos entre os personagens ou até mesmo na forma como o resto do mundo
interage com Wakanda. Outro ponto extremamente forte nesse filme é o empoderamento feminino, chegando a
lembrar ou até mesmo deixar isso muito mais claro e com mais força do que em
“Mulher Maravilha”. Isso é muito bem representado pelas personagens de Lupita
Nyong’o (Nakia), Danai Gurira (Okoye) e Letitia Wright (Shuri).
Esse
trio de mulheres fortes e independentes torna o filme ainda mais poderoso, e
fica difícil escolher qual das três desempenha melhor esse papel, embora eu
admito que a performance de Wright é a minha favorita, interpretando a irmã
caçula do protagonista, uma adolescente que possui uma química incrível com
T’Challa, além de ser uma cientista brilhante, desenvolvendo equipamentos que
colocam Tony Stark no chinelo. Já Nyong’o e Guirira conseguem passar muito bem
um ar de liderança, algo muito forte em suas personagens, sendo uma espiã
talentosa ou uma guerreira cujo comprometimento é exclusivamente com Wakanda.
Sobre
os vilões, começo dizendo que fiquei satisfeito com a presença deles no filme.
Embora eu tenha ficado com um pé atrás em relação a Klaue, visto a extrema
importância do personagem como um dos principais adversários do Pantera nos
quadrinhos, dá pra levar tudo numa boa, por que Andy Serkis rouba a cena quando
aparece, mesmo que seja pouco. Um vilão sarcástico e obcecado, acima de tudo.
Mas, não se engane, pois o melhor vilão da Marvel (até então) foi apresentado
aqui: Erik Killmonger. Sem exagero, pessoal! Ele é um personagem que apesar de
quase imbatível em combate e ser um excelente estrategista, seu maior forte é a
motivação. Existem alguns momentos
no filme que fazem com que a gente passa a compreender o motivo da sua
vingança, ou até mesmo concordar com o seu ponto de vista, mas é claro que as
suas ações acabam pesando contra ele. E tudo isso se deve ao Michael B. Jordan,
que entrega aqui um dos personagens mais complexos da Marvel até hoje.
Diferente da maioria dos vilões do estúdio, Killmonger faz jus a sua “cara de
malvadão” sempre presente nos trailers.
O
ambiente em si de Wakanda e a trilha sonora me agradaram bastante, combinando
perfeitamente. As cenas de ação também são muito boas, principalmente os duelos
pelo trono de Wakanda, embora existam alguns momentos em que torci o nariz, por
conta de alguns efeitos que deixam outras cenas de luta muito artificiais. Mas,
na maioria das vezes, os caras capricham bastante nas cenas, com algumas
sequências que até deixam o espectador um tanto nervoso. Quanto ao humor, –
recurso recorrente nos filmes do UCM – aqui isso é muito mais contido, por
conta da pegada mais séria, mas que tem seus momentos de “alívio”, sempre da
maneira mais natural possível, o que o diferencia bastante do filme anterior do
estúdio, “Thor Ragnarok”.
- Considerações Finais:
Portanto, gostaria de deixar
claro que “Pantera Negra” é, desde já, um dos melhores filmes de 2018 e, no meu
ranking, o segundo melhor da Marvel – pois ainda não derrubou “Capitão América:
Soldado Invernal”. É uma produção que vai divertir bastante o espectador, seja
um fã ávido de quadrinhos ou aquele mais leigo. Vale ressaltar que apesar de
sua trama pegar o gancho deixado no final de “Guerra Civil”, “Pantera Negra”
pode ser assistido sem necessidade de consultar os demais filmes desse universo
cinematográfico, pois seu enredo é completamente focado em Wakanda. Então, é
isso, pessoal! Assistam e tirem suas próprias conclusões. Ah! E antes que eu me
esqueça: WAKANDA FOREVER!!!!!!!!!
~ Cena dramática xD |
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Quem praticamente rouba o filme é Michael B.Jordan, que repete a parceria com o diretor Ryan Coogler e brinda o espectador com uma atuação arrebatadora. O espírito de vingança e o ódio estão no olhar e no gestual do personagem Erik Killmonger. Eu vi que ele estrela na adaptação do livro Fahrenheit 451. Na minha opinião, será um dos os mehores filmes de drama de este ano. O ritmo do livro é é bom e consegue nos prender desde o princípio. O filme vai superar minhas expectativas. Além, acho que a sua participação neste filme realmente vai ajudar ao desenvolvimento da história.
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