Fala, meu povo! Hoje, o papo é sério, galera, pois vamos falar de um filme que aborda da forma mais crua o vício em drogas, substâncias usadas geralmente como válvula de escape da realidade de quem é dependente. Estou falando de “Réquiem para um sonho”, um dos meus filmes favoritos, sendo uma produção considerada uma das melhores abordagens cinematográficas sobre a dependência química.
Eis o plot: Temos quatro pessoas em busca de seus sonhos, cada um tendo problemas pessoais que levam ao uso de drogas - Sara Goldfarb (Ellen Burstyn, de O Exorcista) é uma viúva idosa que passa a consumir de forma excessiva aqueles remédios que supostamente provocam o emagrecimento, no intuito de conseguir usar um vestido especial para a aparição em seu programa de TV favorito; Harry Goldfarb (Jared Leto, de Mr. Nobody), filho de Sara, um jovem que juntamente com seu melhor amigo Tyrone C. Love (Marlon Wayans, de O pequenino) se tornam viciados em cocaína e substâncias igualmente pesadas, e decidem entrar para o tráfico de drogas (Spoiler: Isso não vai acabar bem!), no intuito de usarem o dinheiro arrecadado para realizarem seus sonhos. Temos também a jornada de Marion Silver (Jennifer Connelly, de Uma mente brilhante), namorada do Harry igualmente viciada, que sonha em abrir finalmente uma loja de roupas, tendo em vista seu talento para o design de moda.
Apesar de ser um filme um pouco datado, até hoje este é aplaudido no mundo inteiro. Uma obra-prima, sem dúvidas! Sobre a história, isso é apenas o começo, tendo em vista que muita coisa vai acontecer na vida desses quatro, mudando-os para sempre da pior forma possível. Muitas cenas são carregadas de conteúdo muito forte, como as que expõem a abstinência de Harry, Marion e Tyrone, após a droga sumir do mapa. Esses momentos são bem chocantes, com o trio sendo levado a experimentar um inferno sem fim, já que a abstinência faz com que o indivíduo tenha atitudes impulsivas a fim de atingir a necessidade provocada pelo vício nas substâncias. Sara também não tem muita sorte, já que passa a consumir o “remédio” de forma cada vez mais constante, ao identificar que este aparentemente está fazendo efeito, fazendo com que ela passe a ter muitas alucinações perturbadoras e colocando sua sanidade à prova. Enfim, tudo na trama contribui para o final trágico que espera os personagens. Lembrando que isso não é um spoiler, pois à medida que Réquiem avança, o espectador percebe que a história não terá um final feliz.
O que torna Réquiem para um sonho um filme tão especial? Pra começar, temos o elenco, todos entregando personagens incrivelmente bem construídos, com uma química muito forte em cena. Eu particularmente chamo a atenção para Marlon Wayans e Ellen Burstyn, pois o primeiro é mais conhecido por comédias, mas mostra que sabe atuar longe de sua zona de conforto, com um Tyrone incrivelmente bem representado. Já Burstyn é, para mim A MELHOR ATUAÇÃO DE UMA ATRIZ EM UM FILME (de todos os tempos). Ela incorpora sua personagem de uma forma brilhante e espetacular, digna de milhões de aplausos. Vale ressaltar que ela foi indicada ao Oscar de Melhor Atriz por conta de “Réquiem para um sonho”, na época do seu lançamento. Jared e Jennifer estão igualmente fantásticos, com personagens extremamente cativantes e possuindo uma química que ganha a paixão dos espectadores. Enquanto o primeiro já é conhecido por sua dedicação à profissão e não deixa de arrasar nesse filme, Connely dá o melhor de si com sua personagem, protagonizando a maior parte das cenas fortes do filme.
Ao pesquisar sobre o filme após assisti-lo, li alguns comentários na internet de pais dizendo que esta é uma obra para assistir com os filhos, para que eles testemunhem todo o horror provocado pela dependência química. Devo salientar que este é um filme muito doloroso de assistir, do tipo que eu não colocaria para uma criança em hipótese alguma, já que até mesmo para um adulto algumas cenas impressionam muito pela forma cruel de abordar o tema. Para os adolescentes, o filme é recomendado para um seguido debate sobre o uso de drogas como válvula de escape. Porém, é impossível não se sentir “na bad” ao término de Réquiem para um sonho. Além disso, a montagem é bem “moderna”, assim como a brilhante trilha sonora que dá arrepios. Um exemplo são as cenas que os personagens se drogam, sendo exibidos cortes rápidos na hora do ato e com a tela sendo dividida em duas, quando há mais de uma pessoa em cena usando tais substâncias.
Considerações finais:
“Réquiem para um sonho” é uma OBRA PRIMA! Guarde essas palavras, meus padawans! Este é considerado um dos melhores filmes dos anos 2000, e bem fácil de encontrar nas listas de melhores de todos os tempos que existem aos montes na internet. Não há como assistir a esse filme sem se importar com os protagonistas, pois mostra uma realidade de muitas pessoas que se encontram presas nesse mundo, fazendo com que a gente acabe refletindo como essas substâncias são capazes de levar um ser humano para o fundo do poço, de forma que não há como escalar novamente até a superfície.
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