29/06/2018

GOOGLE DUPLEX | Androides Entre Nós - Mallu


   Esqueça os chatbot de voz robótica que não entendem contexto nem qualquer coisa útil que você venha a falar. Esqueça as confusões de frases e precisar forçar uma voz formal para fazer seu google assistente atender a seu pedido. Esqueça até mesmo de que está falando com um assistente virtual. 
 

   Durante a Google I/O (conferência anual do Google voltada para o desenvolvimento de aplicações para os seus sistemas operacionais) a empresa apresentou um novo assistente chamado Duplex. Aparentemente, esse assistente consegue fazer ligações em contextos específicos, como fazer reserva em um restaurante e marcar hora no salão de beleza. Além de entender as nuances da fala, repetições desnecessárias, autocorreções, sotaques, som ambiente e ruído que existem em uma conversa de telefone normal, o Google Duplex ainda consegue reproduzir a voz imperfeitamente natural de uma pessoa.

   Não sei dizer ao certo o quanto de autonomia o assistente tem para elaborar falas orgânicas na entonação certa, mas, deve dá um trabalho danado. A rede neural artificial, banco de dados de conversas telefônicas, ‘learning machine’, conversores de texto para áudio e adição de cacos na fala, tudo isso para realizar uma simples ligação. A google ainda está decidindo se o assistente irá se identificar durante as ligações. E eu realmente espero que se identifique. O monitoramento da atividade online, dos hábitos de consumo e das ruas do seu bairro, parecem não ser banco de dados suficiente e agora podemos acrescentar o monitoramento de ligações telefônicas. Um prato cheio, não é?

   No ritmo que as IA estão evoluindo eu não me surpreenderia se a próxima versão do Google duplex for parecido com a IA Samantha do filme HER(2014). Estamos a um passo de tornar o teste de Turing ultrapassado e chegar a um outro nível de identificação de homem e máquina. Alguns futuristas como o Ray Kurzweil(que atualmente trabalha na Google), acreditam que na próxima década os computadores excederão a capacidade computacional do cérebro humano, e que em 30 anos um único computador terá mais poder computacional do que todos os cérebros do planeta juntos. Kurzweil também acredita que até 2045 vamos ter computadores do tamanho de moléculas dentro de nossos corpos e cérebros com a tarefa de proteger a nossa saúde e amplificar nossa capacidade cognitiva. Além, é claro, da capacidade de se conectar diretamente com a nuvem que teremos futuramente. Parece que a linha tênue entre homem e máquina começa a ficar ainda mais estreita. E nesse ritmo, talvez eu ainda esteja viva quando essa linha desaparecer por completo.
 


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