25/04/2018

REVIEW | UM LUGAR SILENCIOSO - João F.





   Fala, meu povo! Já passou da hora de falarmos de Um lugar silencioso, não é?! Pense num filme tenso, que faz você ficar agarrado na poltrona do cinema, rindo de nervoso. Esse filme norte-americano já vinha sido aguardado desde o seu misterioso trailer, que despertou a curiosidade de muita gente em conferir o filme. Posso afirmar, com certeza, que esse filme marcou o gênero do horror em 2018!

 

   Sabe aqueles filmes que possuem uma atmosfera curiosa ao ponto de arrancar da gente a mesma reação dos personagens, mesmo não sabendo qual o verdadeiro perigo? Foi a sensação que tive ao assistir A Quiet Place (ou Um lugar silencioso) nos cinemas, de que algo muito perturbador poderia ocorrer a qualquer momento. Curiosamente, foi a primeira sessão de cinema que estive onde o público foi completamente dominado pelo silêncio. Quem já assistiu ou pretende assistir ao filme, saiba que o silêncio pode ser mais mortal do que você está imaginando. 
FONTE: WallpaperCave

   No filme, o espectador é jogado diretamente em uma fazenda, onde vive uma família que tenta sobreviver em um mundo pós-apocalíptico (uma pegada parecida com  At Night It Comes), e para realizar as tarefas diárias, eles devem fazer tudo completamente em silêncio, pois o mínimo de barulho pode atrair a atenção de criaturas pavorosas que causaram a tal destruição em massa. Não demora para alguns acontecimentos bizarros colocarem a vida deles em perigo, e agora essa família precisa unir forças para impedir o pior. 

JOHN KRASINSKI & EMILY BLUNT [FONTE: Screen Rant]

   O diretor de Um Lugar Silencioso é o John Krasinski, que é mais famoso por seus trabalhos com comédias, sobretudo a série da NBC The Office, participando também de filmes como Táxi (2004) e Licença para Casar (2007). Ele, além de diretor e produtor executivo, também atua no filme, ao lado da sua esposa Emily Blunt, conhecida por O Diabo Veste Prada (2007), e mais recentemente por A garota no trem (2017). Os dois encarnam as figuras paterna e materna da família, carregando toda a carga dramática presente na obra. Enquanto Krasinski faz o tipo estrategista e protetor, Blunt é o coração da trama, já que suas cenas - as mais tensas, na minha opinião - são o ponto alto desse filme de terror.


Se os adultos brilham em cena, as crianças não ficam muito atrás, sobretudo a filha do casal, que é surda. Detalhe: a atriz que interpreta a garota é deficiente auditiva de verdade. As sequências que mostram a fuga das crianças são sensacionais, realmente conseguem mexer com nossos nervos, fazendo com que a gente fique (silenciosamente, claro) torcendo para que eles escapem das criaturas.
  No quesito técnico, tiro o chapéu para a direção de fotografia. A locação onde o filme se passa é bem bonita, sendo uma fazenda que fica próxima a uma floresta, que é bastante explorada pelo personagem de Krasinski enquanto este busca suprimentos para sua família. Mas, obviamente, o que mais se destaca no filme é a forma como ele foi concebido, com pouquíssimos diálogos (ou eles falam muito baixo ou se comunicam em libras) e a presença de uma forte trilha sonora em algumas cenas. Toda atenção aos gestos é necessária para compreender o que está pra ser mostrado em tela, mas mesmo assim, não se preocupe, pois essas cenas silenciosas - obviamente - dispõem de legendas. 
   Porém, uma coisa presente em Um lugar silencioso que não consegui engolir bem foi o design das tais criaturas. A sacada da audição muito aguçada foi bacana, mas o visual desses monstros, na minha opinião, foi pouco criativo, sendo nada diferente do que você já tenha visto em algum outro filme de terror ou ficção científica. Da mesma forma são os previsíveis jump scares e atitudes um tanto irregulares de alguns personagens, que no início de mostram muito estrategistas, preparados para o que vier, mas que, em determinadas situações que requerem ações mais condizentes, acabam deixando repentinamente a razão. 


   Dito esses pequenos detalhes que impedem o longa de ser perfeito, sobra ainda um filme maravilhoso, que prende o espectador do início ao fim. Diferente de muitos outros filmes de terror recentes que “choveram no molhado”, Um lugar silencioso consegue te deixar tenso, roendo as unhas, mesmo que você não sinta necessariamente medo.

- CONSIDERAÇÕES FINAIS:
   Não preciso dizer que recomendo fortemente esse filme! Quem é fã de horror e está de saco cheio de produções que acabam batendo na trave ao abusar de recursos pobres do gênero, pode ficar tranquilo, pois a trama de A quiet Place vai te deixar muito satisfeito, ainda depois dos rumos tomados. 

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