01/01/2018

Star Wars: Os últimos Jedi – Poderoso e poético! - João F.


   Fala, meu povo! Nem preciso dizer que já estava esperando que “Star Wars: The Last Jedi” fosse um dos melhores filmes de 2017. Mas, sobre este oitavo episódio se destacar como um dos melhores da saga, isso eu não esperava. Trata-se de um filme poderoso, dedicado respeitosamente para os fãs de Star Wars.




   A trama tem início logo depois de “The Force Awakens” (2015), mostrando a Rey (Daisy Ridley) na expectativa de ser treinada pelo lendário Jedi Luke Skywalker (Mark Hammil), que por sua vez se mostra preocupado e pessimista acerca da Força. E enquanto isso, a Resistência da República, liderada pela General Leia Organa (Carrie Fischer – in memorian) tenta resistir às tropas da poderosa Primeira Ordem, comandada pelo Supremo Líder Snoke (Andy Serkis), que está finalmente completando o treinamento do Kylo Ren (Adam Driver), cada vez mais poderoso.



   Quando o “Episódio VII” foi lançado, ainda que tenha sido aclamado mundialmente, alguns fãs ficaram com uma pulga atrás da orelha pela trama se assemelhar bastante com a do “Episódio IV”. Pois bem, agora não há o que reclamar, pois “The Last Jedi” apresenta uma história bem diferente do que já foi visto na saga, dessa vez procurando explorar a filosofia de ser um Jedi, e a forma como os personagens Luke e Rey lidam com isso. Enquanto Skywalker lida com a culpa por ter criado um monstro, a antiga catadora de lixo lida com um poder que pode leva-la para outro caminho.



   Por falar nesses dois personagens, suas cenas – que acabam tendo mais tempo do que as da “Resistência” – são ótimas, com incríveis efeitos especiais somados às belas atuações de Hammil e Ridley. O Luke apresentado aqui não é um “Mestre Padrão”, como Yoda e Obi-Wan Kenobi, mas sim um cara sem esperanças, que lamenta pelos seus erros e acha que deve pagar com sua vida, por vários momentos mostrando-se inseguro ou até mesmo ranzinza. Dizer que ele aprendeu mais com a Rey do que ela com ele, não é exagero. No filme, tem muitas outras coisas incríveis, mas esse arco em especial deixa o filme com um tom incrivelmente poético.


   Do outro lado da galáxia, nos bastidores da Primeira Ordem, tivemos uma evolução fantástica do personagem Ben Solo, o Kylo Ren. Não espere encontrar aqui aquele moleque mimado e histérico apresentado no filme anterior. Se em “The Force Awakens” Ren tinha sido um dos destaques, aqui não seria diferente. Aliás, eu  me arrisco em dizer que o Kylo Ren é o melhor personagem de “The Last Jedi”, visto que aqui testemunhamos o quanto ele mudou, amadurecendo e seguindo seu destino. Muito disso se deve à atuação de Adam Driver, que este ano também protagonizou o filme “Silêncio”, do Martin Scorsesse. O cara simplesmente nasceu para o papel! Aquelas cenas em que ele e a Rey “se comunicam” telepaticamente são brilhantes, com a química entre os atores colaborando para que o filme dê certo.


   O único ponto que poderia ser melhorado neste filme, na minha opinião, é a importância dos demais membros da Primeira Ordem. O General Hux até que tem um crescimento em relação ao filme anterior, mas nada tão empolgante, tanto é que o personagem acabou se tornando uma espécie de alivio cômico; a Capitã Phasma parece que foi novamente esquecida pela produção na maior parte das cenas do “Novo Império Galáctico”, só sendo lembrada perto do final, onde protagoniza uma das melhores cenas do filme, mas que infelizmente acaba muito rápido; já a presença do Supremo Líder Snoke lembra bastante a primeira aparição do Imperador Palpatine em “Return Of The Jedi”, com aquele tom de “chefão” sempre presente, mas falando mais do que agindo e aparecendo pouco, apesar de todo seu poder.








    Na Resistência, o BB-8 continua roubando a cena, se mostrando bastante prestativo para Poe Dameron (Oscar Isaac) e seus amigos. Por falar no piloto mais habilidoso da Resistência, o personagem de Isaac ganha ainda mais destaque, o que não aconteceu muito em “The Force Awakens”, protagonizando vários momentos icônicos, que só fizeram Poe Dameron ficar ainda mais importante para a história. John Boyega também não fica muito atrás, entregando um Finn ainda mais comprometido com sua missão de salvar a galáxia. Mas, obviamente, o principal destaque vai para a finada Carrie Fischer, que aqui é bem mais explorada, mostrando até mesmo toda a sua conexão com a Força. A última homenagem à Fischer não poderia ser melhor, com uma personagem dotada de muita sabedoria.

Considerações finais

No fim, “Star Wars: Os Últimos Jedi” se prova uma grande surpresa de 2017. Cada cena foi calma e brilhantemente pensada pelo diretor Rian Johnson e sua equipe, com um tom extremamente perfeccionista que cai como uma luva nos principais momentos. Ah, antes que eu me esqueça, fica a dica: Não espere um filme recheado de “tiro, porrada e bomba”, pois apesar de termos sim muitas batalhas incrivelmente orquestradas e cenas com magníficos efeitos especiais, - como a destruição do templo Jedi causada por Kylo Ren, e também a batalha no planeta onde a superfície é formada por sal, em coloração vermelha - elas não são o foco da produção, que opta por mostrar realmente para que veio nos diálogos entre os personagens, e também em um conteúdo muito mais filosófico do que em qualquer filme da saga. 


Espalhe a ideia, comente com os amigos! Compartilhe o que é bom!


http://nerdspeaking.blogspot.com.br/search/label/Jo%C3%A3o%20F.

http://nerdspeaking.blogspot.com.br/p/quem-somos_22.html

Twitter: @oNerdSpeaking
Instagram: NerdSpeaking
SoundCloud: Nerd-Speaking
Facebook: NerdSpeaking
 E-mail: nerdspeaking@gmail.com


Nenhum comentário:

Postar um comentário

O que você acha? Comenta aí!