Fala, meu povo! Nem preciso
dizer que já estava esperando que “Star Wars: The Last Jedi” fosse um dos
melhores filmes de 2017. Mas, sobre este oitavo episódio se destacar como um
dos melhores da saga, isso eu não esperava. Trata-se de um filme poderoso,
dedicado respeitosamente para os fãs de Star Wars.
A trama tem início logo
depois de “The Force Awakens” (2015), mostrando a Rey (Daisy Ridley) na
expectativa de ser treinada pelo lendário Jedi Luke Skywalker (Mark Hammil),
que por sua vez se mostra preocupado e pessimista acerca da Força. E enquanto
isso, a Resistência da República, liderada pela General Leia Organa (Carrie
Fischer – in memorian) tenta resistir
às tropas da poderosa Primeira Ordem, comandada pelo Supremo Líder Snoke (Andy
Serkis), que está finalmente completando o treinamento do Kylo Ren (Adam
Driver), cada vez mais poderoso.
Quando o “Episódio VII” foi
lançado, ainda que tenha sido aclamado mundialmente, alguns fãs ficaram com uma
pulga atrás da orelha pela trama se assemelhar bastante com a do “Episódio IV”.
Pois bem, agora não há o que reclamar, pois “The Last Jedi” apresenta uma
história bem diferente do que já foi visto na saga, dessa vez procurando
explorar a filosofia de ser um Jedi, e a forma como os personagens Luke e Rey
lidam com isso. Enquanto Skywalker lida com a culpa por ter criado um monstro,
a antiga catadora de lixo lida com um poder que pode leva-la para outro
caminho.
Por falar nesses dois
personagens, suas cenas – que acabam tendo mais tempo do que as da
“Resistência” – são ótimas, com incríveis efeitos especiais somados às belas
atuações de Hammil e Ridley. O Luke apresentado aqui não é um “Mestre Padrão”,
como Yoda e Obi-Wan Kenobi, mas sim um cara sem esperanças, que lamenta pelos
seus erros e acha que deve pagar com sua vida, por vários momentos mostrando-se
inseguro ou até mesmo ranzinza. Dizer que ele aprendeu mais com a Rey do que
ela com ele, não é exagero. No filme, tem muitas outras coisas incríveis, mas
esse arco em especial deixa o filme com um tom incrivelmente poético.
Do outro lado da galáxia,
nos bastidores da Primeira Ordem, tivemos uma evolução fantástica do personagem
Ben Solo, o Kylo Ren. Não espere encontrar aqui aquele moleque mimado e histérico
apresentado no filme anterior. Se em “The Force Awakens” Ren tinha sido um dos
destaques, aqui não seria diferente. Aliás, eu
me arrisco em dizer que o Kylo Ren é o melhor personagem de “The Last
Jedi”, visto que aqui testemunhamos o quanto ele mudou, amadurecendo e seguindo
seu destino. Muito disso se deve à atuação de Adam Driver, que este ano também
protagonizou o filme “Silêncio”, do Martin Scorsesse. O cara simplesmente
nasceu para o papel! Aquelas cenas em que ele e a Rey “se comunicam” telepaticamente
são brilhantes, com a química entre os atores colaborando para que o filme dê
certo.
O único ponto que poderia
ser melhorado neste filme, na minha opinião, é a importância dos demais membros
da Primeira Ordem. O General Hux até que tem um crescimento em relação ao filme
anterior, mas nada tão empolgante, tanto é que o personagem acabou se tornando
uma espécie de alivio cômico; a Capitã Phasma parece que foi novamente
esquecida pela produção na maior parte das cenas do “Novo Império Galáctico”,
só sendo lembrada perto do final, onde protagoniza uma das melhores cenas do
filme, mas que infelizmente acaba muito rápido; já a presença do Supremo Líder
Snoke lembra bastante a primeira aparição do Imperador Palpatine em “Return Of
The Jedi”, com aquele tom de “chefão” sempre presente, mas falando mais do que
agindo e aparecendo pouco, apesar de todo seu poder.
Na Resistência, o BB-8
continua roubando a cena, se mostrando bastante prestativo para Poe Dameron
(Oscar Isaac) e seus amigos. Por falar no piloto mais habilidoso da
Resistência, o personagem de Isaac ganha ainda mais destaque, o que não
aconteceu muito em “The Force Awakens”, protagonizando vários momentos
icônicos, que só fizeram Poe Dameron ficar ainda mais importante para a
história. John Boyega também não fica muito atrás, entregando um Finn ainda
mais comprometido com sua missão de salvar a galáxia. Mas, obviamente, o
principal destaque vai para a finada Carrie Fischer, que aqui é bem mais
explorada, mostrando até mesmo toda a sua conexão com a Força. A última
homenagem à Fischer não poderia ser melhor, com uma personagem dotada de muita
sabedoria.
Considerações
finais
No fim, “Star Wars: Os
Últimos Jedi” se prova uma grande surpresa de 2017. Cada cena foi calma e
brilhantemente pensada pelo diretor Rian Johnson e sua equipe, com um tom
extremamente perfeccionista que cai como uma luva nos principais momentos. Ah,
antes que eu me esqueça, fica a dica: Não espere um filme recheado de “tiro,
porrada e bomba”, pois apesar de termos sim muitas batalhas incrivelmente
orquestradas e cenas com magníficos efeitos especiais, - como a destruição do
templo Jedi causada por Kylo Ren, e também a batalha no planeta onde a
superfície é formada por sal, em coloração vermelha - elas não são o foco da
produção, que opta por mostrar realmente para que veio nos diálogos entre os
personagens, e também em um conteúdo muito mais filosófico do que em qualquer
filme da saga.
Twitter: @oNerdSpeaking
Espalhe a ideia, comente com os amigos! Compartilhe o que é bom!
Twitter: @oNerdSpeaking
Instagram: NerdSpeaking
SoundCloud: Nerd-Speaking
Facebook: NerdSpeaking
E-mail: nerdspeaking@gmail.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário
O que você acha? Comenta aí!