02/12/2017

O que esperar de |Jogos Mortais: Jigsaw|? - João F.


Fala, meu povo! Quando “Jogos Mortais: O final” foi lançado, em 2010, muitos acharam o desfecho fraco, e um tanto previsível e insosso, inclusive este que vos escreve. Depois de muitas orações dos fãs, finalmente será lançada a oitava parte de uma das franquias de terror mais lucrativas do cinema. Pois é, “Jogos Mortais: Jigsaw” irá estrear no dia 30 de novembro. Mas será que sete anos de espera irão valer a pena?



O primeiro “Jogos Mortais”, de 2004, é hoje considerado um clássico moderno do horror, com um orçamento minúsculo, mas muita criatividade. Afinal, quem não lembra daquela reviravolta nos últimos minutos de filme? Foi realmente de cair o queixo! Porém, as sequências foram na mesma aposta batida: algo maior, com mais personagens, mais tramas e muito mais gore. Até o terceiro filme, até que funcionou bem, mas depois a fórmula foi se desgastando a cada sequência lançada, onde uma trama brilhante e inovadora deu lugar a mortes gratuitas de personagens que estão lá apenas para ter seu sangue jogado na câmera e satisfazer os fãs do “torture porn”, subgênero do qual “Jogos Mortais” e “O albergue” foram pioneiros. O resultado não podia ser outro: a franquia se perdeu de seu objetivo.


A partir do quarto filme, parece que tudo que foi composto quando o serial killer John Kramer ainda dominava a parada, foi jogado na lata do lixo. Onde estão aquelas “lições de vida” que o vilão queria passar para suas vítimas? Quando seus aprendizes assumiram o seu manto, o esquema passou a ser apenas mortes gratuitas. No último filme, ainda há uma tentativa de redimir isso, mas por deixar para fazer isso perto do final, os esforços acabaram não valendo nada.

Bem, agora está nas mãos deste novo filme da franquia a missão de juntar as peças que faltam no quebra cabeça, sem pisar na mesma casca de banana, ao mesmo tempo fazendo a nostalgia dos fãs através daquelas armadilhas muito bem elaboradas, garantindo cenas cheias de gore. A história se passará dez anos depois dos acontecimentos macabros idealizados por Jigsaw e seus aprendizes, Amanda e Hoffman. Segundo o trailer, um novo jogo se iniciou, repetindo o que aconteceu na década passada. E, para a polícia, todas as pistas apontam para um único indivíduo: John Kramer. Mas como poderia ser ele? Vale lembrar que o verdadeiro Jigsaw está morto há dez anos. Seria um imitador ou realmente um retorno triunfal para o personagem de Tobin Bell? Isso é o que o filme irá mostrar ao espectador.


Desde que “Jogos Mortais” e “O albergue” foram lançados, há mais de uma década, o clima de mistério nos filmes de terror e a timidez das cenas de violência passou a ser cada vez mais raro. Os filmes passaram a ter mais liberdade para explorar a violência, até que se chegasse ao seu limite, com um abuso desse recurso. Mas, fazer o que, né? Atualmente, para a maior parte do público jovem que acompanha esse gênero, o que vale é o banho de sangue nas telonas. E isso “Jogos Mortais” tem de sobra. Existem muitos filmes que capricham mais ainda em violência em suas tramas, - como os filmes de terror da França e, mais recentemente, do México – mas foi graças ao filme de James Wan que surgiria o “torture porn”, atraindo vários fãs brasileiros. No caso de “Saw”, sua essência é a violência extrema, então isso não pode faltar neste novo filme, que acaba tendo a missão de explorar isso ainda mais.


“Jogos Mortais: Jigsaw” também deve trazer de volta aquilo que foi concebido nos três primeiros filmes, ou seja, uma trama que, apesar de extremamente violenta, tenha uma boa condução, com aquele toque de filme “policial” que ocorre paralelamente às mortes. O que eu quero dizer é que, até o terceiro filme, onde haviam poucos personagens, as mortes possuíam maior significado, causando impacto nos demais personagens. Depois, após o número de vítimas ser dobrado, a ausência de um único protagonista tornou-se uma mancha para os demais filmes, que ao perceberem que já tinham ido longe demais e que não havia muito tempo para voltar atrás, optaram por caprichar nas armadilhas mortais. Esse último ponto, por sinal, é onde todos os filmes acertam. As armadilhas são muito bem feitas, oferecendo (quase) sempre uma oportunidade para a vítima escapar, desde que seja feito um sacrifício. Dessa forma, não há outra forma de sair dali se não seguir as instruções do Jigsaw.


O boneco Billy também está de volta! Aquele boneco que faz sucesso até hoje na cultura pop é o porta-voz de John e seus aprendizes, explicando para as vítimas como funciona determinada armadilha e o que eles precisam fazer para saírem vivos. Já temos a garantia de que o retorno de Billy já irá causar boa parte da nostalgia para os fãs.



Considerações finais:


Pois é, meu povo! Agora, é só esperar até o dia 30 de novembro. Quanto às minhas expectativas, digamos que eu esteja com os pés firmes no chão. Tendo em vista a “escapada” que os últimos filmes da franquia deram, o que eu espero aqui é que ao menos as rédeas sejam tomadas, sem deixar de fazer a alegria dos sádicos fãs de Jogos Mortais.




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