11/10/2017

Primeiras Impressões: Star Trek Discovery! - Lucas Daniel


     Star Trek: Discovery é exibida nos Estados Unidos pela CBS All Access e aqui no Brasil pela Netflix, e é a nova fase da saga Trekker! Confira aqui no NerdSpeaking as nossas primeiras impressões de Discovery, por Lucas Daniel!





 foi criada por Bryan Fuller (Hannibal e American Gods) e Alex Kurtzman. A sétima série televisiva da franquia Star Trek, se passa aproximadamente uma década antes dos eventos da série original (que acompanha Kirk e sua tripulação).

    A série segue as viagens da nave estelar USS Discovery enquanto explora novos mundo e civilizações. Ela resgata o espírito da série clássica ao mesmo tempo em que atualiza outras coisas, dialoga com o novo público que não sabe ou teve contato anteriormente com a franquia. A essência de Star trek sempre era confirmada no início de cada episódio da série clássica: “Espaço. A fronteira final”, a exploração. Esse senso de exploração e aventura é também o núcleo dessa série. Sonequa Martin-Green (The Walking Dead) protagoniza a série ao lado de Doug Jones (Labirinto do Fauno e Hellboy), Anthony Rapp (Uma mente brilhante) e Michelle Yeoh (O tigre e o Dragão, Marco Polo).



   O Casting da série já deixa claro outra marca da franquia, a diversidade e representatividade. Atualmente, a representatividade é sempre demandada pelo público e a cada dia mais e mais séries atendem a estes chamados. Desde 1966, no programa clássico, temos representados uma mulher negra (Uhura interpretada por Nichelle Nichols), um japonês (Sulu - depois de mais de 20 anos da segunda guerra mundial) apesar dos três principais personagens serem homens brancos. Por outro lado, no lado inimigo, um debate parecido é levantado: um Klingon branco diferente e subjulgado é aceito pelo principal antagonista já no começo da narrativa. As diferenças sempre são debatidas e com isso a pertinência da série aumenta.



Os dois primeiros episódios funcionam como um longa metragem. Em um primeiro momento o visual da série impressiona: bons efeitos visuais e especiais, maquiagem, cor, iluminação (pegando os flares dos filmes do J.J Abrams). A essência aventureira da exploração espacial somado ao visual dos filmes com suas atualizações: O programa funciona a partir da união do velho e do novo.


    A narrativa da série vai para um caminho não esperado, isso é muito bom. Não saber o que vai acontecer é ao mesmo tempo instigante e interessante, quando um filme ou série faz isso com coerência e parcimônia o sucesso é muito provável, isso acontece com essa série. O “restart” do terceiro episódio com novos personagens, conflitos e a apresentação da nave Discovery foram uma boa surpresa que confirma essa qualidade do roteiro. Outro ponto positivo que merece ser observado é o desempenho da atriz Sonequa Martin-Green que pode muito bem carregar a série sozinha: há muito trabalho em sua atuação, nós podemos sentir um pouco do que acontece dentro da cabeça da personagem por meio dos olhos da atriz. Os personagens tem química, o que é difícil de encontrar atualmente. Os programas de televisão têm algumas duplas e grupos que são difíceis de engolir e há na maioria das vezes uma falsa química sendo empurrada na cara da audiência, isso não acontece aqui. Dramaticamente, a história acontece, os arcos dos personagens se aproximam e misturam com bons diálogos e pouca exposição.


    Há um trabalho excelente na maquiagem dos alienígenas: isso auxilia para dimensionar o tamanho desse universo, toda a diversidade de raças aliens e o escopo de que estamos falando. Saru (Doug Jones) é um personagem muito interessante que ganha particularidades por meio do trabalho de maquiagem. Toda a série ganha qualidade por conta do trabalho de direção de arte (bem diferente do que se costumar ver... sentimento sempre presente nas obras em que Bryan Fuller está envolvido). Os Klingons são outro bom uso de maquiagem protética. Nesse sentido, ela é fundamental para estabelecer a Intimidação que devemos ter dos antagonistas.

    Star trek: Discovery diverte e faz pensar: é uma série que impressiona visualmente (por se tratar de uma produção para TV) e tem uma boa história para contar. É aquele ótimo Sci-fi que compara as situações recorrentes da trama com a vida humana, nos leva para planetas distantes, mas levanta questões pertinentes e próximas de nós.


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