Fala, meu povo! Nesses últimos anos, eu meio que dei uma pausa na leitura de histórias em quadrinhos, não só pelo preço delas mas também pela falta de originalidade presente em alguns exemplares. Porém no último dia dos namorados fui presenteado com “Maus”, uma verdadeira experiência literária. Aqui, citarei minhas impressões referentes à história do material, mas adianto que nunca vi nada parecido com essa obra prima. É mais que original; É genial. Confiram!
Maus é uma obra escrita e desenhada por Art Spiegelman, sendo dividida em duas partes. As histórias que compõem a primeira, intitulada “A história de um sobrevivente: Meu pai sangra História” foram lançadas entre 1973 e 1986; já a segunda “E aqui os meus problemas começaram” foi publicada entre 1986 e 1991, todas divulgadas através da revista Raw, fundada pelo próprio Spiegelman. Porém, aqui no Brasil o primeiro volume chegou no final da década de 1980, e sua continuação apenas em meados dos anos 90. Maus é um relato comovente referente ao Holocausto e as terríveis histórias de sofrimento que tanto ouvimos e conhecemos sobre a Segunda Guerra Mundial, com a presença de campos de concentração com o de Auschwitz. Mas, meus amigos, uma coisa eu garanto: Você nunca leu nada parecido com “Maus”. Se a única obra que você conhece referente a este período tenebroso é o famoso “Diário de Anne Frank”, aqui vai mais uma indicação que vai abrir sua mente... E talvez até destruí-la um pouco.
A
história apresenta dois protagonistas: Art e Vladek Spiegelman, pai e filho que
não se dão muito bem por conta de alguns problemas do passado. Após anos sem
visitar Vladek, Art decide dar uma passada em sua casa, e mais tarde acaba
tendo a ideia de documentar a história de sobrevivência de seu pai, um judeu
polonês que vivenciou o terror dos campos de concentração durante a Segunda
Guerra Mundial, incluindo as torturas e a saudade de sua esposa Anja, separada
dele durante o evento. À medida que Vladek segue contando sua história, paralelamente
podemos conferir seus problemas pessoais como a velhice e sua relação com Art e
sua atual esposa, Mala.
"Ah,
João, e o que 'Maus' tem de tão diferente ao ponto de não ser mais um entre
milhares de relatos sobre o holocausto?" Pra começar, os personagens são
representados como animais, todos desenhados por Art Spiegelman, por exemplo:
Poloneses são os porcos; estadunidenses; cachorros, franceses, sapos; alemães,
os gatos e judeus, ratos. A necessidade de representar os personagens na pele
desses animais é referente à forma como são vistos na natureza selvagem. E a pegada de relatar tudo isso em histórias
em quadrinhos foi uma estratégia muito boa, tendo em vista que a obra contém
quase trezentas páginas que passam “num instante”, por mais que a forma física
do livro aparente que tenha muito mais. Isso se deve à forma como o relato de
Vladek e a visão de Art referente a isso é passada para o leitor de forma que o
cative, passando a se importar cada vez mais com os personagens.
Sim,
podemos dizer que “Maus” é uma biografia dos dois personagens principais (Art e
Vladek), e a forma como a história é conduzida é bem brutal, tendo em vista que
o pai não poupa detalhes ao contar tudo pelo que passou nas mãos dos nazistas. Com
muitas HQs marcadas pela falta de originalidade, “Maus” é daquelas que você não
quer terminar de ler, espera que ele não acabe tão rápido, já que as ações dos
personagens representados pelos animais faz lembrar bem muito a “luta pela
sobrevivência” no meio selvagem. Digo isso por experiência própria, já que li o
exemplar que ganhei de presente em três dias.
- Considerações
finais:
Logo,
podemos concluir que “Maus” é uma obra que se destaca por representar de uma
forma bem diferente histórias sobre um tema já muito “batido” em livros, filmes,
séries etc. Vale ressaltar que a biografia dos Spiegelman foi vencedora do
famoso Prêmio Pulitzer, além de indicações para outros prêmios. No fim, o
leitor percebe que não havia outra forma de contar essa história não sendo em
quadrinhos. Quer saber o motivo? Então adquira já o seu exemplar ou pegue
emprestado com alguma pessoa do seu círculo de amizades. Mas, eu garanto: Vale
a pena o dinheiro gasto com esse livro, vocês não irão se arrepender de ir
comprá-lo.
Veja também...
Espalhe a ideia, comente com os amigos! Compartilhe o que é bom!
Twitter: @oNerdSpeaking
Instagram: NerdSpeaking
SoundCloud: Nerd-Speaking
Facebook: NerdSpeaking
E-mail: nerdspeaking@gmail.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário
O que você acha? Comenta aí!