13/01/2017

NS INDICA FILMES: Onde Vivem os Monstros! - Joe


   Hey pessoas, beleza? Aqui é o Joe e hoje trago mais um post de indicação cinéfila para a nossa clássica coluna “NS INDICA FILMES!”, desta vez, sobre o filme Where the Wild Things Are! Então já vá estourando a sua pipoquinha e prepare-se para ouvir uma bela história sobre “um menino que finge ser lobo que finge ser rei”!


Para um melhor aproveitamento deste post, CLIQUE AQUI, e ouça a nossa indicação musical!


   Where the Wild Things Are é um filme de drama do ano de 2009, dirigido e produzido por Spike Jonze (Her) e Dave Eggers (Her). É um filme baseado num conto infantil mais antigo de mesmo nome escrito por Maurice Sendak, ainda por volta dos anos de 1960. Mas o filme não foca na história criada por Sendak, apenas baseia-se nos acontecimentos narrados no conto e se recria por cima dele mesmo! Eis o plot:


   Onde Vivem os Monstros conta a história de Max, um jovem garoto criativo e solitário que vive com sua mãe e sua irmã, pois seus pais são separados. Um dia a mãe de Max convida o seu namorado, Adrian, para um jantar em sua casa e enquanto eles conversam e namoram, Max chama a sua mãe para brincar com ele, mas ela não vai. Ele se irrita com toda a situação, põe a sua fantasia de lobo e desce as escadas furioso, e começa a agir como um animal selvagem, um monstro. Exige à sua mãe que o alimente e começa uma baderna na casa. Ela se irrita e reclama com ele, mas tudo piora, pois Max lhe dá uma mordida bem no ombro. Quando ela o pergunta o porquê de ter feito aquilo, ele foge para fora da casa, fora do quarteirão, fora da vizinhança... Fora daquela realidade.

    Max se vê então em um pequeno barco, velejando o grande mar, rumo a uma ilha desconhecida e selvagem. É lá onde encontrará os seus mais novos amigos, e deles será rei e com eles aprenderá a ser mais selvagem e também os ensinará a ser mais selvagens. Terá de salvá-los da tristeza e melancolia... Se puder.


   Logo nos primeiros momentos do filme somos introduzidos à sua curiosa linguagem; Um misto de infantilidade, inocência com uma camada de realidade e frieza, dando uma ideia de – por ser um filme contado na visão de uma criança – imaginação fértil infantil, que como bem sabemos, é capaz de transformar uma situação difícil ou cotidiana em algo emocionante, cheio de aventuras! E já no início de seu desenrolar já cria uma dúvida forte em nossas mentes; Será que tudo aquilo é real ou é algo fictício, criado por um devaneio de Max? É nesse pilar que o filme se baseia: O que é real ali?


   O interessante é que enquanto o filme vai rolando, vários diálogos secundários vão acontecendo e passando, sendo quase esquecidos no fundo de nossas mentes, mas de repente, o filme traz para o espectador atento tudo aquilo de volta, fazendo várias referências sutis a si mesmo, conectando algumas frases soltas deixadas em sua primeira parte com a segunda, como quando Max é citado pelo pai como “o dono do mundo”, e então ele se autoproclama assim na segunda parte, e como ele precisa salvar as pessoas da tristeza e por aí vai. São referências simples, mas se prestarem uma atenção especial ao filme, certamente terão uma experiência ainda mais completa dessa bela obra!

    Eu também não poderia deixar de falar sobre a incrível soundtrack do filme, que é na verdade a minha parte preferida da maioria das produções cinéfilas! O filme criou uma espécie de banda infantil com a cantora Karen O (Her) e algumas várias crianças. A banda se chamou Karen O and the Kids. São composições infantis e bastante divertidas, que parecem ter sido gravadas ali mesmo, dentro de uma sala de aula de alguma creche, com alguma professora bem divertida! A identidade sonora do filme é entregue antes mesmo do filme começar, onde logo na primeira música escutamos a banda numa grande gritaria recreativa, como numa ciranda! É uma ideia bastante simples, mas é crucial para a formação da linguagem do filme, e sério, é muito fofo! Impossível não lembrar automaticamente de nossas próprias infâncias! Clique aqui, caso queira ouvir alguma das belas músicas!



   A fotografia também é uma das coisas mais lindas que eu já vi! Imersiva e com tons primariamente azulados e alaranjados, o filme se faz frio e sombrio em sua primeira parte, dando-se um tom cavernoso e sinistro, e logo vai desabrochando para algo mais quente e convidativo em sua segunda parte, quando finalmente a ideia do “cavernoso e sinistro” é desmontada e percebemos que o que faz do filme monstruoso também é o que faz dele feliz. Esse clima frio traz de volta também toda a intensidade e emoção de quando éramos crianças e era divertido ter medo... 
  
- Considerações Finais:

   É uma excelente releitura do livro do Maurice Sendak, e quando analisado profundamente, o filme é retrata apenas algo muito comum na vida das crianças, quando estão em alguma fase difícil de suas vidas; O escapismo. Escapam para uma realidade mais compreensível à elas, e lá procuram entender e resolver os seus problemas... Ou simplesmente isolam-se. Com Max, é um pouco dos dois.
    Então, numa tradução livre do nome da obra, Onde as Coisas Selvagens Estão? Estão em nossas imaginações, provavelmente. Tendemos a dizer que a mente infantil não tem limites e como as crianças são imaginativas... De fato são, mas não podemos jamais esquecer que sempre guardamos dentro de nós um pouco de nossa selvageria, de nossa criatividade, inventividade. Basta lembrar-nos todos os dias Onde as coisas selvagens realmente estão. Uma mensagem tocante de amor singelo atrelado a um filme de linguagem tão imaginativa... O NerdSpeaking Indica! E agora, deixem a algazarra selvagem começar!





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