Fala, meu povo! “Eu vim
barganhar” (se liga na referência). Apesar do atraso, a crítica de Doutor Estranho, o novo filme da Marvel,
está entregue. Foi um filme, acima de tudo, divertido, e mesmo com alguns
erros, o longa consegue ser uma das maiores surpresas do ano – e não me refiro
apenas aos espetaculares efeitos visuais.
O personagem
Doutor Stephen Strange surgiu por volta dos anos 1960 na Marvel Comics, sendo o
Mago Supremo da Casa das Ideias. O novo filme do herói – não o primeiro,
diga-se de passagem - é uma adaptação marcada pela criatividade que é marca
registrada dos filmes da Marvel Studios, que utiliza seus recursos de sempre
para ganhar mais público. Porém, chega uma hora que a fórmula fica sem utilidade,
escassa. E esse foi o que algumas cenas do filme deixaram implícito – por mais
incrível e criativas que sejam.
O personagem título é um neurocirurgião
arrogante que sofre um grave acidente de carro, que mesmo depois de recuperado,
o deixa com grandes dificuldades para utilizar as mãos – recursos essenciais para a sua profissão. Sua busca por uma cura o leva a encontrar o “templo” da
Anciã, onde acaba sendo treinado para controlar seu espírito e a desenvolver
seus poderes místicos. Começa então a jornada que o levará a se tornar o Mago
Supremo.
Doutor
Estranho é um filme que ao mesmo tempo se mostra mais independente da
fórmula Marvel e também se mantém preso a ela, o que é notável em algumas
cenas. Um exemplo são os momentos de confronto bem x mal, quando as coisas
parecem ficar mais tensas, aparece o humor repentino o que não deixa de garantir boas risadas, mas ao mesmo tempo nos
leva a questionar se um dia a Marvel irá abandonar temporariamente essa fórmula,
ao menos no cinema. Pois bem, parece que isso nunca vai acontecer. De
certa forma, se torna cansativo e até previsível, como se já sabemos mesmo nas
cenas de luta que algo engraçado vai acontecer, o fato de saber que a piada vai
aparecer a qualquer momento.
Quanto as atuações, todo o elenco atinge a
expectativa para seus personagens, com destaque para Bennedict Cumberbatch e
Tilda Swinton, que interpretam respectivamente Stephen Strange e a Anciã, sua
mentora. Enquanto o primeiro se mostra firme na pele de um homem que vai de um
arrogante cirurgião a um dominador das artes místicas, – com humor e carisma de
sobra – Swinton apresenta aqui um personagem cuja construção torna o contexto
da história bem interessante. Em determinados momentos, é notória uma relação
um tanto clichê entre mestre e discípulo (aplicando-se aos personagens de
Swinton e Cumberbatch), com uma primeira recusa a treinar o aprendiz, mas
depois que muda de ideia percebe o progresso avançado dele. Mas ainda assim a
química entre os personagens – com a ajuda de Chiwetel Ejiofor como Karl Mordo
– é um dos principais atrativos do filme, e isso fica claro nas cenas em que
eles contracenam juntos.
- Considerações Finais:
Dessa forma, trata-se de um filme que tem
seu tom próprio, mas ao mesmo tempo adotando frequentemente o estilo cômico e
familiar da Marvel, sendo perceptível o fato de Doutor Estranho ser o longa da Casa das Ideias que mais se esforçou
para se soltar da fórmula, mas que acabou não conseguindo totalmente. Isso não
quer dizer que o resultado foi ruim, eu diria o contrário. É uma das maiores
surpresas do ano, deixando pontas de onde partirão os próximos filmes da
Marvel.
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