Salve, salve! Foi
dada a largada, e a jornada do Universo cinematográfico da DC deu continuidade,
e o sonho de muitos nerds foi realizado: Dois dos maiores super-heróis que
conhecemos se encontram pela primeira vez em versão live action. No entanto, não se trata apenas de “orgasmos nerds”,
mas sim da essência do mais recente filme de Zack Snyder, um fato que
discutiremos nesta análise do NerdSpeaking.
Muito aguardado desde o início de sua
produção, Batman V Superman, coloca no
ringue o Homem-Morcego e o Homem de aço, em uma batalha que definirá o rumo de
todas as coisas. Opa! Eu disse que se trata de uma batalha, mas não totalmente
física. Aliás, a ideologia é a coisa mais atrativa do filme. O termo versus não trata necessariamente da
troca de pancadaria, mas também dos motivos que levaram a isso, pois a causa se
torna mais importante.
O que falar dos personagens? Bem, a grande
maioria do elenco foi bem desenvolvida, especialmente o Batman, em sua primeira
aparição na pele de Ben Affleck.
Veterano no combate ao crime, em sua nova versão, o herói é bem mais
violento e obcecado, assim como suas ações, que possam ser consideradas um
tanto sanguinárias, já acostumado com seus métodos. Esse fato pode incomodar os
fãs mais conservadores do Homem-morcego, mas não é a primeira vez que Batman é
adaptado dessa forma (leiam O cavaleiro
das trevas), agindo não como um vilão, mas quase como um anti-herói, na
maior parte do longa-metragem.
Temos dois personagens cujos ideais opostos
levam ao combate, o principal arco do filme. No entanto, existe um membro
específico que rouba a cena: Lex Luthor. Muita desconfiança dominou os fãs
quando Jesse Eisemberg foi designado para interpretar o vilão, um dos maiores
inimigos do Homem de aço. O perfil dele foi como o prometido: um cara jovem,
bem enigmático, que faz de tudo para ter o Superman em suas mãos. O sarcasmo
dele, principalmente em uma cena específica, é o que torna as coisas mais
interessantes, representando aquele que só quer ver o circo pegar fogo.
O clima sombrio é o que difere o tom dos
filmes da Marvel, que são geralmente votados para a família. Não estou dizendo
que é um filme para o publico adulto, mas sem dúvida requer um espectador mais
maduro, não pela violência (similar a de O
homem de aço), mas também pela ideologia que o filme passa. A referências
são bem mais abertas, e estão em grande número. Extremamente expostas? Talvez,
mas sua exibição vale a pena. As cenas de combate também são dignas de
aplausos, bem empolgantes, mesmo que ocorram apenas perto do final.
“Mas, em um filme com tantas vantagens, onde
está o pecado que ele cometeu?” Se encontra na duração dos eventos. Mesmo em um
filme com mais de 150 minutos, são tantas coisas que fazem parte do dilema, que
ate mesmo se torna um desafio para Snyder. Neste caso, o diretor deixa o filme
estufado de efeitos especiais, dando pouca atenção para a narrativa, onde um
fato até então atrativo do filme, acaba não sendo tão explorado como devia. O
fato de colocar o Batman como já veterano nesse mundo foi um passo para frente,
mas a cena de prelúdio da morte de seus pais, por exemplo, provoca dois para
trás. É um fato desnecessário, tendo em vista que em todas as aparições do
Batman, a mesma cena é repetida.
Snyder é conhecido por seus filmes com altos
efeitos especiais. Este que temos aqui é um exemplo do exagero do uso deles,
dando lugar a dramatização da história, o que devia ser mais importante. É como
se não só o diretor, mas toda a equipe tivessem se encarregado missão de produzir
o melhor filme de super-heróis da história. No entanto, isso requer um peso
muito grande nas costas, um fato que o diretor não consegue suportar sozinho.
Portanto, encerro esta review declarando que
o filme tem, no geral, um saldo positivo para o futuro dos filmes da DC. Mesmo
com algumas falhas, o longa estabelece uma linha que tende a se repetir nos
demais filmes lançados pela companhia, mostrar um lado mais sombrio de um mundo
de heróis. Um bom filme, mas não que sirva de exemplo para outro do gênero.
Nota: 7.0
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