Hey pessoas, beleza? Aqui é o Joe e hoje eu trago para vocês uma crítica/review especial COM SPOILERS do filme Trumbo, do diretor norte-americano Jay Roach, com a atuação de Bryan Cranston. Confiram!
Trumbo é um filme da Universal Studios lançado no ano de 2015 que conta a história de um escritor cinematográfico chamado Dalton Trumbo, que sofreu muito durante o período da Guerra Fria, onde ocorreu a “Black List”, marcando vários diretores e escritores de cinema de forma negativa, onde lhes foi tirado o direito de produzir filmes ou ter seus nomes associados em produções cinematográficas pelo fato de serem julgados comunistas, algo que se acontecesse durante a Guerra Fria, seria uma espécie de traição contra os EUA, uma vez que, citando frases da Guerra Fria, “Todo comunista é um espião de Moscou”.
Trumbo conta não só a história de um homem que sofreu com tudo isso, mas de toda uma comunidade que foi duramente combatida por ter ideais diferentes dos EUA, mesmo que por muitas vezes (não todas) isso não influenciasse de forma alguma as suas produções para o Cinema. Eis o plot:
Nos anos de 1950, um autor de
vários famosos roteiros de cinema chamado Dalton Trumbo vive tranquilamente a
sua vida bem-sucedida de título renomado, enquanto entre um roteiro e outro fermenta
e defende ideais comunistas, juntamente com vários outros renomados
roteiristas, mas eis que nos EUA explode uma onda de combate ao comunismo,
devido à Guerra Fria que começara a se estender pelo globo.
Em uma das idas de Trumbo para o cinema com a sua família para assistir um filme no
qual fez parte da produção, eis que surge um anúncio inesperado de uma repórter
chamada Hedda Hopper (Helen Mirren) que mostra imagens e explica como o
comunismo está se instalando de forma sutil cada vez mais nos Estados Unidos e
como os autores das obras que o público tanto gosta está envolvido nessas
tentativas de implante do sistema comunista dos EUA. Numa dessas fotos podemos
ver Dalton Trumbo fazendo um discurso numa passeata comunista o que o deixa
desconcertado no Cinema. Depois que o filme termina e Dalton sai da sala com a
sua família, ele é abordado por um homem que assistiu ao filme de Dalton que o
pergunta se era ele no “jornal do cinema” e Trumbo diz que sim. Neste exato
momento o homem joga o seu refrigerante todo nele. Mal sabia Dalton, mas esse
era o início de uma longa, dura e cansativa batalha afim de provar o seu direto
de escolha partidária e para ter o seu reconhecimento de volta.
O filme, sem dúvidas traz críticas intensas e muito
bem feitas ao que ocorreu durante a Guerra Fria, mais especificamente sobre a
recepção do Comunismo no país, apesar de, obviamente, haver muita ficção por
cima (Afinal, é um filme!). Trumbo
além de ser um filme com fundos históricos, em cima de um homem que de fato
sofreu com tudo isso, é também uma bela peça cinematográfica, uma vez que
entretêm enquanto passa informações reais.
A fotografia do longa é bem sutil, e não têm
nada espalhafatoso demais (o que não tira o crédito dela), porém existem cenas
que quero destacar aqui: As simulações do “Cinema Antigo” que o filme traz são
sensacionais! É como de fato fazer uma viagem de volta para os anos de 1950/60
e assistir as películas que eram lançadas na época. A ambientação do filme
também é algo de tirar o fôlego. As vestimentas, os cenários, as músicas, os
instrumentos, enfim... Tudo o que constitui as cenas são muito bem feitos e bem
pensados, sempre fazendo que tudo fique o mais natural possível.
Outro ponto destacável para o filme é o seu
elenco, que é muito bom, e inclusive já participaram de algumas produções nas
quais têm de desenvolver personagens com carisma parecido (é claro que estou
falando de Breaking Bad, não tem como não comparar!). Bryan Cranston faz nesse
filme um papel muito interessante: Um herói com cara de vilão. A história de um
homem que luta pelo seu reconhecimento de volta e que faz de tudo para se
provar para si mesmo todo o tempo, o que nos faz passar por altos e baixos com
o ator, onde no decorrer da trama vemos do bom pai ao lunático, escrevendo
unicamente por dinheiro e “status”, se tornando um enorme babaca.
Talvez a parte do “babaca” seja inclusive um
dos pontos baixos do filme, que é justamente quando o plot principal começa a
ser ofuscado, deixando de lado a verdadeira dificuldade de Trumbo,
transformando tudo somente numa trama atraente, mas apesar disso, o filme não
perde o seu brilho, tampouco o seu charme, uma vez que é nessa segunda parte do
filme onde são feitas as melhores referências para o mundo da Nerdice!
Na segunda parte do filme, são feitas algumas
críticas e referências a alguns dos maiores movimentos cinematográficos da
história, como exemplo quando somos introduzidos a um produtor de filmes trash,
Frank King (John Goodman), onde vemos logo em sua primeira cena uma roupa de
“macaco gigante” saindo de dentro de seu estúdio – Uma enorme referência ao
filme King Kong, Godzilla e afins, que são filmes de mesmo naipe crítico “EU
FAÇO LIXO!” grita Frank King. Esse produtor inclusive é apresentado como um
cara duro e simples, que resolve as coisas da forma mais mundana possível; na
porrada! Ele é um excelente alívio cômico para o filme, além de uma excelente
referência nerd!
Considerações Finais:
Trata-se de um filme muito bem produzido e bem
escrito que deixa claro para que veio, e que apesar da ficção existente no
filme, é um ótimo registro da repressão aos comunistas durante a Guerra Fria,
além de uma visão interessante e pouco abordada sobre tal guerra. Um filme
divertido e tenso, que lhe prende do começo ao fim.
Um filme que provavelmente daria numa
excelente série de TV, uma vez que se passa em épocas diferentes, até atingir
os anos de 1970,tendo assim tanta história ainda para ser contada. Passando
pelas tantas eras cinematográficas, podemos ver Kubrick (Stanley!), que é
citado como um “pé no saco” numa passagem do filme, as referências do estúdio
de King, com tantos filmes trash pendurados em suas paredes, as produções dos
anos 50, mostradas por Dalton...Enfim! Um filme feito para todos aqueles que
curtem o cinema além do filme, e a história além do que nos é contado em
livros. O NerdSpeaking
recomenda!
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Joe: Joe é o fundador, diretor, organizador e 'âncora' do NerdSpeaking. É o cara que organiza o fluxo das postagens do blog, além de revisá-las antes de irem ao ar! Também é o editor e revisor dos conteúdos em áudio produzido pelo NS. Desde pequeno foi induzido a gostar do mundo clássico e contemporâneo do cinema, logo não tem dificuldades em assistir filmes ou jogar games "atemporais". Um amante do universo Sci-Fi, nunca perde a oportunidade de debater teorias fictícias, que tanto repercutem no cinema. Multi-útil, escreve de tudo um pouco no blog, mas dedica-se um pouco mais especialmente na parte do cinema, TV e games.
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