Hey pessoas, beleza? Aqui é o Joe e interrompemos nosso hiatus para atender pedidos de leitores! Hoje eu trago para vocês uma crítica especial *COM SPOILERS* de Star Wars episódio VII – O Despertar da Força. Se você não assistiu ao filme ainda, mas quer ler a crítica, leia por sua própria conta e risco, pois EU AVISEI!
Depois de um longo hiatus de 10 anos desde o último filme de
Star Wars a ser lançado (Episódio III – A Vingança dos Sith), voltamos agora,
na reta final de 2015, com essa joia rara da maravilhosa franquia, intitulada
“O DESPERTAR DA FORÇA” – Produzido por ninguém menos que J.J. Abrams, mesmo
diretor de Mission: Impossible III e Star Trek Into Darkness. Se pudesse, o
agradeceria pessoalmente, primeiramente pelo gosto de Star Wars – trilogia
clássica – que ele deixou em nossas bocas ( e nisso incluo até excelentes
referências, como é o caso do alienígena de olhos vermelhos do começo do filme
que observa BB-8 passar) e segundo pela produção impecável que ele, juntamente
com sua equipe, nos proporcionou. Digo logo de antemão que TUDO o que não
tivemos em Star Wars relativo a efeitos, cenários, fotografia, explosões, lutas
corpo a corpo (com os sabres de luz, é claro! xD) e funcionalidade dos Stormtroopers
será pago nesse filme! FINALMENTE temos o pacote completo e expandido que
basicamente deve ser (ou deveria ser) Star Wars! OBRIGADO JJ!
Outro ponto que
quero ressaltar como muito bom no filme, é que mesmo que você tenha assistido
todos os trailers de Star Wars Ep. VII, junto com teasers e promos, você não irá
saber de nada, pois todas (ou quase todas) as cenas mostradas neles são de
transições, cenas de passagem, eventos sem grande relevância para a história, e
tudo mais. Acredito que isso seja positivo para a construção de uma expectativa
e surpresa nas pessoas que ainda não assistiram, já que hoje em dia existem
vários casos de spoilers desnecessários, lançados nos próprios trailers e
teasers de filmes (como no caso de Os Vingadores 2: Era de Ultron).
Além disso, quero
dar uma ressalva nas transições do filme. Cara, manter a transição clássica de
Star Wars -que pode ser considerada clichê ou ultrapassada por muitos- dentro
de um filme tão gigante como O Despertar da Força, em pleno ano de 2015 não é
pra qualquer um. É claro que é quase que uma obrigação mantê-las, mas ainda
assim, é muito bonito ver que algo sobreviveu por tanto tempo inalterado, mesmo
que passando por vários buracos e errinhos e demais “desventuras”, como as da
trilogia nova (e até mesmo na antiga).
Pois bem, se você
está lendo até aqui, é porque provavelmente você achou que os spoilers
distribuídos a cima não são na real tão Spoilers assim. Então, a partir de
agora, você está entrando em ZONA CRÍTICA. O sabre de luz mais letal que existe
é o Spoiler, então se você quer evitá-los, pare aqui mesmo.
Parece que fomos
surpreendidos pelos personagens principais, já que ainda não se sabia ao certo
quem eram e quais as suas motivações para estarem aliados. Para alguns, era
difícil conceber a ideia de que em pouco mais de 2 horas de filme eles
conseguissem desenvolver uma gama tão grande de personagens novos, e
conseguissem de quebra envolver os personagens clássicos nesse meio. Mas eles
conseguiram atingir o feito, e COM LOUVOR. Excelente desenvolvimento de
personagens como Finn, o ex-Stormtrooper que desde que fora “colhido” para a Primeira
Ordem (vilões atuais do filme) decidiu que não os serviria. Rey, a coletora de
sucata espacial cujo destino difere (E MUITO) de sua profissão. Kylo Ren, que
mesmo ainda permanecendo muito
misterioso, pudemos entender um pouco mais sobre quem ele é e suas origens, e
porque ele se voltou contra o lado da luz. E ainda o retorno dos clássicos
Chewie, Han Solo e Leia.
Apesar desses personagens terem obtido um desenvolvimento
louvável, não podemos esquecer que tivemos vários personagens escanteados e
pontas soltas, como é o caso do piloto das X-Wing – Poe, que aparentemente
Abrams quis criar um envolvimento com o mesmo só na parte final do filme, mas
já era tarde demais, além de Leia, que some e reaparece diversas vezes no
filme, como se fosse um NPC de um jogo de RPG
que mesmo útil não se faz
verdadeiramente importante para a trama, e chego ainda a incluir Kylo Ren nesse
tópico, já que na primeira metade do filme ele é introduzido como um vilão
bad-ass motherfucker que tem um poder tremendamente forte e calculista e tem um
controle quase que impecável sobre a força, mas que de repente, na segunda
parte do filme, se transforma em um adolescente reclamão e mimado que não
consegue resolver seus problemas de forma clara e inteligente. O seu “culto ao
Darth Vader” também é deixado de lado e não é mais desenvolvido no filme, o que
não é tão positivo assim. Mas não podemos esquecer da analogia feita à primeira trilogia, já que o supremo líder Snowke ordena que Kylo termine de uma vez o seu "contra-tempo" com o seu pai, Han Solo. Essa sequência lembra bastante embates como os de Darth Vader e Luke Skywalker, o que certamente é excelente!
Apesar dos apesares, temos o grande laço criado entre
Finn e Rey (e BB-8!) nesse filme, que de forma bem inteligente, mostrou a
amizade deles crescendo gradativamente, enquanto atravessam várias quests e
desafios na jornada até Luke, e os grandes mindblows do filme, que são, por
exemplo Kylo Ren ser filho de Leia com Han Solo e por conta disso ter uma certa
atração pelo lado da luz em toda a sua vida. Achei esse ponto MUITO
interessante na história; uma visão totalmente diferente dos filmes que o precedem, uma vez que neles,
os mocinhos eram tentados pelo lado negro da força, mas agora, os vilões que
são tentados pelo lado da luz! Isso dá um toque especial ao plot e uma
importância ainda maior para o nosso novo vilão, que assim como Darth Vader,
era um subordinado, mas que tem um destaque tremendo. O seu ápice no filme, em
que ele ganha total destaque ,é o que ele, com suas próprias mãos, mata o seu
próprio pai Han Solo. Confesso que nesse ponto do filme fiquei (literalmente)
boquiaberto por mais de 2 minutos a fio. Ouvia ao longe os murmúrios dos outros
espectadores que, assim como eu, chocaram-se. É um momento de ódio, nostalgia,
respeito, tristeza e raiva, tudo junto. Sensacional! Claro que eu preferiria o
querido Han vivo, mas para o roteiro do filme, aquilo foi de tirar o fôlego
(novamente, LITERALMENTE!).
Mesmo gostando
bastante dessa sequência de cena, penso que os termos e condições de sua morte
não foram tão dignos assim, e que talvez com um pouco mais de desenvolvimento
dos acontecimentos prévios tivesse ficado um pouco menos “forçado”. Não me
entendam mal, mas é que acho que se fosse para ser tão definitivo quanto uma
morte crucial para a história, talvez não precisassem de fato terem feito
ligações tão vívidas entre personagens como Rey e Han, que sequer tiveram um envolvimento TÃO absoluto assim
para que ela “herdasse” a sua posição de piloto junto ao grande Chewie. Depois
disso tudo, ainda tem o tiro da arma do Chewie, que durante o filme, é afirmado
e reafirmado por Han Solo o quão forte ela era, e tudo isso somente para que pudéssemos
chegar nesse momento do filme crentes de que o tiro dela poderia fazer estragos
em Kylo Ren, como fez, para que só assim, pudéssemos ter uma luta mais justa de
Kylo contra Rey e Finn. Maaaas ainda nessa luta, mesmo que ÉPICA e necessária,
e é claro, com uma grande licença poética, não pude deixar de notar como seria
impossível que duas pessoas, jamais treinadas para uma situação como aquela, e
sem experiência alguma com o sabre de luz, pudessem derrotar Kylo Ren, que
mesmo machucado com o tiro de Chewie, ainda tinha ao seu lado a experiência, a
força, a raiva e um sabre de luz épico. Para tal, pode ser explicado que a
força finalmente despertou em Rey (como foi) e que ela sabe lutar muito bem,
como é mostrado em sua luta com o bastão no começo do filme, mas e quanto ao
Finn, que resistiu a batalha contra Kylo Ren até que Rey pudesse se recuperar
de sua pancada contra a árvore, graças à força, que o acompanha?
Em contrapartida,
essa é, SEM DÚVIDAS, a melhor sequência de luta com sabre de luz de toda a
franquia Star Wars (Perdendo apenas para Obi-Wan versus Darth Vader, no episódio
IV!huHUAHEUhauHEUAheuAHUEa).É magnífico como finalmente, graças aos efeitos
especiais atuais, pudemos presenciar o que muitos de nossos pais, avós (e
muitos de vocês!) quiseram ver nos cinemas, em épocas passadas. É realmente
sensacional. Ainda sobre essa sequência de cenas, temos o plot principal, que é
a busca por Luke Skywalker, através de um fragmento de mapa, que é o que basicamente
dá inicio a essa aventura, e para que todo o plano maquiavélico da Primeira
Ordem dê certo, eles criam a Starkiller, que drena a energia solar para dentro
de si, para que como uma Estrela da Morte, possa extinguir grandes planetas e
afins. É nessa sequência que a Starkiller é destruída, e aí sim, podemos ver
uma senhora explosão. Mais um ponto para os efeitos especiais!
Agora um ponto que
considero um dos mais importantes do filme é Luke Skywalker, pois o plot desse
filme gira em torno da busca por Luke Skywalker, que depois de ser traído por
um de seus Padawans se isola e procura sozinho o primeiro templo Jedi. Passa-se
o tempo, e já tem uma galera imensa procurando por ele e fazendo várias buscas
por fragmentos de mapa que leve-os até ele. Finalmente, no fim do filme,
acontece o encontro de Luke e Rey, para que o filme possa finalmente se
encerrar. Sim, provavelmente esperávamos um pouco mais de Luke nesse novo
filme, mas se pararmos para olhar com outros olhos, vemos o quão importante foi
essa ponta solta. Só assim, poderíamos dar uma continuação DEFINITIVA na
história, onde haveria o retorno épico que Luke merece.
Considerações Finais:
Para responder ao
título desse post, VALE A PENA ASSISTIR? – Sim, e muito! Um dos melhores filmes
de Star Wars já feitos, e na minha humilde opinião (comentem se discordam ou
concordam) o segundo melhor filme, perdendo apenas para o episódio V – O
Império Contra-Ataca. Digo ainda que ele vale a pena não só para as pessoas que
acompanham Star Wars desde que nasceram ou que conheceram um pouco mais tarde,
mas para todos os públicos! O Nerd e o não nerd, o apreciador de filmes
detalhistas e o cara que só tá ali pra ver um pouco de ação...Enfim, para
todos. Agradeço a John Williams que mais uma vez trouxe as suas músicas mágicas
ao filme. Os efeitos especiais estão impecáveis, assim como as locações e a
maravilhosa atuação de toda a equipe. Os alívios cômicos desse filme, várias
vezes incorporados em John Boyega (Finn) são os melhores de toda a saga de
filmes já lançados e o seu entrosamento e desenvolvimento na história é tão
natural que passa um sentimento que ele estivera lá desde o início. E falando
em estar lá desde o início, a participação dos clássicos personagens da
trilogia antiga somam bastante para o filme, sem que precise atrapalhar o
desenvolver de Rey, Finn e BB-8, o que considero um ponto bastante importante,
uma vez que essa nova fase quer trazer novos personagens. Houveram personagens
como Poe Dameron que tiveram, na minha percepção, um desenvolvimento muito
fraco e forçado, e às vezes, também do próprio Kylo Ren, mas no geral, somam
positivamente para o filme. Ainda sobre Kylo Ren, sensacional a forma como ele
se porta como um grande mestre, mesmo sendo tão jovem. Ele de fato tem grande
poder sobre a força e também uma forte liderança. Apesar disso, creio que seu
desenvolvimento na segunda metade do filme deixa a desejar e MUITO, uma vez que
ele muda completamente de comportamento. Um ponto que quero destacar também são
as referências aos filmes antigos, todas escondidas nas pequenas letras desta
grande obra. Dou como exemplo o jogo de tabuleiro que é ligado rapidamente por
Finn enquanto estão na Millenium Falcon.
Agora, dois pontos
cruciais do filme: Primeiramente, achei fantástica a nova visão que deram para
essa nova era de Star Wars, onde o lado da luz seduz o lado negro! JJ inverteu
o quadro de Kylo, fazendo com que ele pendesse bastante para o lado da luz,
sendo tentado sempre a retornar para quem ele era, quando ainda se considerava
filho de Han e Leia. E segundo, ainda dentro desse tópico, temos o momento da
morte de Han, que é feita uma ligação poética entre a incerteza de Kylo entre
escolher de qual lado de fato lutará. Enquanto ele faz o seu discurso (e muito
bem feito!) vemos ao fundo a luz do sol se extinguindo aos poucos, enquanto que
seu rosto é dividido entre a luz vermelha do local ode se encontram (Referência
direta ao lado negro) e a luz que vem do sol que está sendo drenado (referência
direta ao lado da luz). Quando a luz do sol finalmente se esvai e o seu rosto é
tomado pela escuridão do local misturada com a luz vermelha do interior da
nave, Kylo Ren toma a sua decisão final sobre o seu futuro, atravessando Han
Solo com a luz vermelha de seu sabre de luz, pondo um fim em sua jornada e
tentativa de resgatar seu filho do lado negro da força. Achei essa sequência
simplesmente inesquecível!
Por ser um filme de
ficção científica e fantasia, devemos sempre deixar nossa suspensão de
descrença ligada, assim como dar um grande espaço à licença poética nesse
filme. Mas acredito que o filme tenha exagerado um pouco em relação a isto.
Muitas situações inexplicáveis, vários usos da força em situações
desnecessárias ou erradas, como é o caso da batalha entre Kylo Ren e Finn à luz
de lightsabers, uma vez que ele usa a força para derrubar Rey, mas não a usa
contra o Finn, ou também quando ela toca no sabre de luz de Luke e tem várias
visões loucas e tudo o mais, que é explicado como se o sabre a tivesse
escolhido (como em Harry Potter) e...Enfim! Existem vários furos e erros de
roteiro nesse filme (como nos outros), e em sua grande maioria, curiosamente
acontecem depois da morte de Han. Claro que todos esses erros não diminuem o
filme a ponto de ser desconsiderado como um excelente filme, mas vários deles
poderiam ter sido evitados. Concluo dizendo que o filme tem bastante potencial
para ser o melhor filme do ano E para
ser um dos melhores Star Wars já feitos. Agradeço muito a JJ Abrams por ter nos
proporcionado essa emoção de ver Star Wars mais uma vez nos cinemas, e com
QUALIDADE! Eu recomendo. O NerdSpeaking Indica!
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Joe: Joe é o fundador, diretor, organizador e 'âncora' do NerdSpeaking. É o cara que organiza o fluxo das postagens do blog, além de revisá-las antes de irem ao ar! Também é o editor e revisor dos conteúdos em áudio produzido pelo NS. Desde pequeno foi induzido a gostar do mundo clássico e contemporâneo do cinema, logo não tem dificuldades em assistir filmes ou jogar games "atemporais". Um amante do universo Sci-Fi, nunca perde a oportunidade de debater teorias fictícias, que tanto repercutem no cinema. Multi-útil, escreve de tudo um pouco no blog, mas dedica-se um pouco mais especialmente na parte do cinema, TV e games.
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Livro preferido: Os últimos dias de Krypton
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Amei! Concordo com quase tudo <3
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