20/12/2015

Star Wars: O despertar da Força Review - João Ferreira!




-- Ainda interrompendo a pausa do NerdSpeaking, atendendo pedidos dos nossos leitores, fizemos uma versão LIVRE DE SPOILERS de Star Wars, dessa vez escrito por João Ferreira! Confiram --

  Meus padawans, finalmente chegou aos cinemas o “Episódio VII” da franquia Star Wars, intitulado “O despertar da Força” (The Force awakens). O NerdSpeaking assistiu ao filme em sua pré-estréia, e hoje estou aqui para passar minhas impressões sobre o mesmo. Mas, fiquem tranquilos, pois este post NÃO CONTÉM SPOILERS! 


...Caso você já tenha assistido o filme e queira ler a crítica com spoilers do NerdSpeaking, clique aqui.



                       A long time ago, in a galaxy far far away

  O tão esperado filme dirigido por J.J. Abrams, famoso por também reviver Star Trek, carrega consigo inovações para o universo da saga. Muitos fãs ficaram com uma pulga atrás da orelha a respeito da mudança que O despertar da Força ia trazer. No entanto, a principal característica positiva do filme é estar de olho no futuro, mas respeitando a tradição.
  Os efeitos especiais em si, desde os trailers lançados já demonstravam sua magnificência. As batalhas entre a Resistência e a Primeira Ordem foram empolgantes, demonstrando uma revolução tecnológica na série, um fato inevitável, tendo em vista que já fazem 32 anos que O Retorno de Jedi estreou nas telas do cinema. A trilha sonora também não deixou a desejar, mostrando uma leve mudança, mas ainda com a pegada de Star Wars.

  O fato que mais chama a atenção na história são os novos personagens, cujo fardo que carregam é essencial para o desenrolar da história. Temos a adição de mais humor à saga, através de Finn (John Boyega) que ao mesmo tempo funciona como exemplo de coragem e alivio cômico, além da forte ligação formada entre ele e Rey (Daisy Ridley), e com espaço garantido ao droide BB-8, que cativou o público em sua primeira aparição. Finn foi tirado de sua família e criado para ser um stormtropper, no entanto, cansou de lutar ao lado da Primeira Ordem, e passa a lutar pelo que é certo, se unindo com a batalhadora Rey, que havia encontrado o dróide BB-8, que pertence ao maior piloto da Resistência Poe Dameron (Oscar Isaac), guardando uma informação misteriosa que será capaz de salvar a galáxia.

  Outro ponto marcante na história é o vilão misterioso Kylo Ren (Adam Driver). O cara, diferente de Darth Vader, apesar de ser poderoso, não possui um controle com a Força. Temos aqui um antagonista que é implacável, mas que não possui uma reação coerente de enfrentar as consequências. Sua relação com o extremamente confiante General Hux (Dohmall Gleeson), que lembra muito mais um nazista (possuindo tal referência em uma cena), mostra que um é o oposto do outro, procurando agradar o Supremo-Líder Snoke (Andy Serkis), com ações baseadas em métodos maquiavélicos. O embate de sabres de luz Rey e Finn X Kylo Ren ganha disparado a luta Anakin X Obi Wan Kenobi (Episódio III), tornando-se a melhor luta da série, graças aos efeitos especiais e as atuações impecáveis, mas não quer dizer que seja o melhor filme.

   Chegando com intenção de superar O Império contra-ataca (considerado até então o melhor da série), O Despertar da Força cometeu dois únicos pecados que impediram que esse ato fosse realizado. O primeiro pode ser perdoável, tendo em vista o grande número de personagens. No entanto, aquela stormtropper cromada que chamava tanta atenção nos trailers, a Capitã Phasma (Gwendoline Christie, de Game of Thrones), não foi tão bem explorada como deveria ser.  A líder dos stormtroppers tem aparições das maneiras mais discretas possíveis, cujas falas só aparecem quando dá ordens, ou quando está buscando eliminar cidadãos ligados a Resistência, afinal, com um visual incrível desse porte, e com alto investimento comercial, a personagem era digna de mais espaço no filme. Valeria mais em conta do que dar mais espaço a um Jar Jar Binks, que foi o que ocorreu em A ameaça fantasma.  Além disso, J.J. Abrams, apesar de ter nos trazido um filme grandioso, antecipou demais as coisas. Obviamente, algumas pontas abertas serviram de pontapé para o “Episódio VIII” , mas muitos mistérios foram desvendados antes da hora, além das perdas. A Força é uma coisa que uma pessoa leva um bom tempo para dominar, o que não acontece com a personagem Rey, que parece ter anos de experiência nesse aspecto, representado através de controle mental e duelo de sabres de luz. Ambas as cenas foram bacanas, mas, olhando de certo ponto de vista, tiveram características exageradas, que poderiam ser o coração dos próximos filmes que virão.
  Finalmente, temos uns rostos bem conhecidos nesse filme (Han Solo,Chewbacca,  Leia, C-3PO e R2-D2). A presença de Solo (Harrison Ford) faz alusão à função de Obi Wan (Alec Guiness) no Episódio IV, passando o bastão para a nova geração, como Guiness fez em 1977. O tão misterioso braço vermelho de C-3PO (Antony Daniels) ficará para mais pra frente, mas o sumiço de Luke Skywalker (Mark Hammil) não é por acaso, tendo em vista que esse é o coração do filme, sendo a razão para unir os novos personagens com aqueles que marcaram presença na geração de nossos pais ou até mesmo muitos de vocês.


  Portanto, em minha opinião, o filme conseguiu ser o segundo melhor da saga, perdendo apenas para O Império Contra-Ataca. O mais épico da saga ele é, e unir um velho e novo público ele conseguiu. Deixando de lado o dialeto de Yoda, podemos dizer que o filme irá impressionar muitos que acompanharam Star Wars desde o início, assim como os que começaram agora essa jornada. Aos que possuem interesse em assistir ao filme, mas não conhece a saga, confiram os Episódios da trilogia original, que antecede o longa metragem de J.J. Abrams, e corram para os cinemas, pois em pouco tempo, O Despertar da Força estará nas maiores bilheterias da história. Saibam que estamos fazendo história, ao presenciar o recomeço de uma saga que conquistou várias gerações, e que isso pendurará por pelo menos mais dois Episódios.



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