Meus padawans, finalmente chegou aos cinemas
o “Episódio VII” da franquia Star Wars, intitulado “O despertar da Força” (The
Force awakens). O NerdSpeaking assistiu ao filme em sua pré-estréia, e hoje estou
aqui para passar minhas impressões sobre o mesmo. Mas, fiquem tranquilos, pois
este post NÃO CONTÉM SPOILERS!
...Caso você já tenha assistido o filme e queira ler a crítica com spoilers do NerdSpeaking, clique aqui.
A
long time ago, in a galaxy far far away
O tão esperado filme dirigido por J.J. Abrams, famoso por também reviver
Star Trek, carrega consigo inovações
para o universo da saga. Muitos fãs ficaram com uma pulga atrás da orelha a
respeito da mudança que O despertar da
Força ia trazer. No entanto, a principal característica positiva do filme é
estar de olho no futuro, mas respeitando a tradição.
Os efeitos especiais em si, desde os trailers lançados já demonstravam
sua magnificência. As batalhas entre a Resistência e a Primeira Ordem foram
empolgantes, demonstrando uma revolução tecnológica na série, um fato inevitável,
tendo em vista que já fazem 32 anos que O
Retorno de Jedi estreou nas telas do cinema. A trilha sonora também não
deixou a desejar, mostrando uma leve mudança, mas ainda com a pegada de Star
Wars.
O fato que mais chama a atenção na história são os novos personagens,
cujo fardo que carregam é essencial para o desenrolar da história. Temos a
adição de mais humor à saga, através de Finn (John Boyega) que ao mesmo tempo
funciona como exemplo de coragem e alivio cômico, além da forte ligação formada
entre ele e Rey (Daisy Ridley), e com espaço garantido ao droide BB-8, que
cativou o público em sua primeira aparição. Finn foi tirado de sua família e
criado para ser um stormtropper, no entanto, cansou de lutar ao lado da Primeira Ordem, e passa a lutar pelo que
é certo, se unindo com a batalhadora Rey, que havia encontrado o dróide BB-8,
que pertence ao maior piloto da Resistência
Poe Dameron (Oscar Isaac), guardando uma informação misteriosa que será
capaz de salvar a galáxia.
Outro ponto marcante na história é o vilão misterioso Kylo Ren (Adam
Driver). O cara, diferente de Darth Vader, apesar de ser poderoso, não possui
um controle com a Força. Temos aqui um antagonista que é implacável, mas que
não possui uma reação coerente de enfrentar as consequências. Sua relação com o
extremamente confiante General Hux (Dohmall Gleeson), que lembra muito mais um
nazista (possuindo tal referência em uma cena), mostra que um é o oposto do
outro, procurando agradar o Supremo-Líder Snoke (Andy Serkis), com ações
baseadas em métodos maquiavélicos. O embate de sabres de luz Rey e Finn X Kylo
Ren ganha disparado a luta Anakin X Obi Wan Kenobi (Episódio III), tornando-se
a melhor luta da série, graças aos efeitos especiais e as atuações impecáveis,
mas não quer dizer que seja o melhor filme.
Chegando com intenção de superar O
Império contra-ataca (considerado até então o melhor da série), O Despertar da Força cometeu dois únicos
pecados que impediram que esse ato fosse realizado. O primeiro pode ser
perdoável, tendo em vista o grande número de personagens. No entanto, aquela
stormtropper cromada que chamava tanta atenção nos trailers, a Capitã Phasma
(Gwendoline Christie, de Game of Thrones),
não foi tão bem explorada como deveria ser.
A líder dos stormtroppers tem aparições das maneiras mais discretas
possíveis, cujas falas só aparecem quando dá ordens, ou quando está buscando
eliminar cidadãos ligados a Resistência,
afinal, com um visual incrível desse porte, e com alto investimento comercial,
a personagem era digna de mais espaço no filme. Valeria mais em conta do que
dar mais espaço a um Jar Jar Binks, que foi o que ocorreu em A ameaça fantasma. Além disso, J.J. Abrams, apesar de ter nos
trazido um filme grandioso, antecipou demais as coisas. Obviamente, algumas
pontas abertas serviram de pontapé para o “Episódio VIII” , mas muitos
mistérios foram desvendados antes da hora, além das perdas. A Força é uma coisa
que uma pessoa leva um bom tempo para dominar, o que não acontece com a
personagem Rey, que parece ter anos de experiência nesse aspecto, representado
através de controle mental e duelo de sabres de luz. Ambas as cenas foram
bacanas, mas, olhando de certo ponto de vista, tiveram características exageradas,
que poderiam ser o coração dos próximos filmes que virão.
Finalmente, temos uns rostos bem conhecidos nesse filme (Han
Solo,Chewbacca, Leia, C-3PO e R2-D2). A
presença de Solo (Harrison Ford) faz alusão à função de Obi Wan (Alec Guiness)
no Episódio IV, passando o bastão para a nova geração, como Guiness fez em
1977. O tão misterioso braço vermelho de C-3PO (Antony Daniels) ficará para
mais pra frente, mas o sumiço de Luke Skywalker (Mark Hammil) não é por acaso,
tendo em vista que esse é o coração do filme, sendo a razão para unir os novos
personagens com aqueles que marcaram presença na geração de nossos pais ou até
mesmo muitos de vocês.
Portanto, em minha opinião, o filme conseguiu ser o segundo melhor da
saga, perdendo apenas para O Império
Contra-Ataca. O mais épico da saga ele é, e unir um velho e novo público
ele conseguiu. Deixando de lado o dialeto de Yoda, podemos dizer que o filme
irá impressionar muitos que acompanharam Star Wars desde o início, assim como
os que começaram agora essa jornada. Aos que possuem interesse em assistir ao
filme, mas não conhece a saga, confiram os Episódios da trilogia original, que
antecede o longa metragem de J.J. Abrams, e corram para os cinemas, pois em
pouco tempo, O Despertar da Força estará
nas maiores bilheterias da história. Saibam que estamos fazendo história, ao
presenciar o recomeço de uma saga que conquistou várias gerações, e que isso
pendurará por pelo menos mais dois Episódios.
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