25/05/2015

CRÍTICA | A Forma da Água, um Clássico do Futuro - Caio


    Ambientado na pacata cidade de Baltimore durante o período da Guerra Fria, A Forma da Água conta a história de uma mulher muda chamada Eliza Esposito (Sally Hawkins), faxineira de uma base de operações militares estadunidense, tendo seu vizinho Giles (Richard Jenkins) como seu maior amigo e confidente. 





Vivendo do mesmo jeito todos os dias, ela tem a sua rotina interrompida pela descoberta de uma criatura humanoide híbrida (Doug Jones) e cria uma relação afetiva com ela. Porém Strickland (Michael Shannon), um maldoso e implacável agente militar, planeja algo muito cruel contra o ser desconhecido.



   Com um projeto tão ambicioso quanto O Labirinto do Fauno (2006), Guillermo del Toro leva aos cinemas uma história de amor entre uma faxineira muda e uma criatura meio humana, meio peixe. Todavia, o filme não se prende aos clichês de um romance incomum, abrangendo também, em histórias paralelas, temas como racismo, machismo e homossexualidade, explorados com sutileza pelo diretor e sendo transmitidos efetivamente ao público.


   A amizade entre Eliza e o seu vizinho Giles é bem construída, desde seus momentos alegres assistindo na televisão os filmes e números musicais da época, até momentos de maior sufoco. O antagonista Richard Strickland, com sua personalidade sendo apresentada em poucos minutos, porém suficiente para dar o tom da personagem, foi um ponto interessante. A violência contida no filme é visceral, porém muito bem arranjada nas cenas para não exceder limites e se sobrepor à trama principal. O alívio cômico fica por conta da falante Zelda (Octavia Spencer), faxineira amiga da protagonista e que a ajuda em certos momentos.


   O enlace amoroso entre Eliza e o ser desconhecido é tão importante por ser possível extrair o amor na sua forma mais delicada e bela. A conexão entre as duas partes é tão forte que não precisa ser falada pra ser entendida, proporcionando belas cenas e aquecendo o coração de quem assiste. Para Eliza, o fato do "homem-peixe" ter uma aparência monstruosa não a impede de amá-lo; ela enxerga além da beleza, ela enxerga o coração e a alma da criatura.

   Existem alguns deslizes no decorrer da trama, como a conveniência de ações que acontecem sem ter uma explicação plausível, funcionando como uma espécie de intuição. Mas isso é insuficiente para tirar a grandeza do filme, que se constrói em detalhes.



   Em A Forma da Água, o diretor e roteirista Guillermo del Toro foi capaz de unir o seu amor por monstruosidades a um conceito que já foi utilizado em outros casos, como no filme  A Mosca (1986), porém não tratando a criatura apenas como um ser grotesco e asqueroso. O diretor vai além, criando uma história interessante, imersiva e apaixonante, sabendo alternar muito bem entre os momentos mais tensos e brandos. Apesar do final ser um pouco previsível, no total o filme pode ser considerado uma das melhores representações do estilo artístico de del Toro, unido com uma história bem contada. O NerdSpeaking Indica!

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6 comentários:

  1. Vídeo muito curto, não devia ter gastado trabalho com isso que parece mais uma intro. O embaçamento dando o outro foco da câmera não deu nem de longe um efeito legal. A abertura deve ser mais bolada com uma música melhor. Nos próximos vídeos, por favor, usem algo que preste e com conteúdo, além de um "ator" que faça realmente algo ou apareça.

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  2. Puta, vídeo foda, arte foda, e não é sobre atuação, mas sim sobre o espírito do que É de fato o DIA DA TOALHA...Se tu não entendeu o vídeo, lamento, mas existem 5 livros disponíveis em tipo, TODAS as lojas de livros pra tu comprar. Eh só ler. Ah, e sobre o que parece uma intro vou dar uma dica: ESQUETE! :D hahaha! Nos próximos comentários, por favor, use de argumentos válidos, além de um pouco de desinformação, caro amigo(a)!
    XOXO

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  3. Olá, anônimo! Olha, realmente lamentamos que você não tenha gostado do vídeo e aceitamos a sua crítica. Mas existem alguns pontos que devem ser levados em conta, como por exemplo, o fato de ser um esquete. Esquetes são vídeos curtos ou curtíssimos que passam uma rápida mensagem e acabam e foi justamente o que tentamos reproduzir em cima do tema Dia da Toalha. De qualquer forma, ainda estamos aprimorando o nosso conteúdo e suas críticas são de bastante ajuda! Continue nos acompanhando!

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  4. Se seus leitores fossem mais educados talvez continuaria a acompanhar o blog. minha opinião não é única. Sei sim o que é o dia da toalha, inclusive fui a eventos. Critiquei o SEU vídeo, não o dia da toalha que eu saiba. Mantenho minhas opiniões VÁLIDAS.

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  5. Hey Brother, aceito suas opiniões, vi vários defeitos no vídeo, entretanto saiba criticar. Se fizeres criticas como essa serás metralhado por ofensas. Se fores inciar uma discussão, vinda é claro de seu segundo comentário, saiba o fazer. Trabalho com edição, roteiro, apresentação, e criação de conteúdo de entretenimento, tenho um livro publicado, e estudo - inicialmente - jornalismo. Se quiseres discutir estarei aqui e aceitarei suas devidas opiniões, outrora saibas o modo de o fazer.

    Um grande abraço, T.A Magno.

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  6. olha, gostei muito da introdução, e da música de final. só nn deviam ter mexido tanto a camera, e para o dia da toalha (que amo tanto) foi uma homenagem fraca. entendo q é só o começo e acompanharei vcs para ver melhorarem. boa sorte em tudo e flw!

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